Mercado

PE aposta no açúcar para aumentar as exportações

O açúcar é a principal aposta de Pernambuco para aumentar as exportações com a Área de Livre Comércio nas Américas (Alca), tema que foi discutido ontem na Federação das Indústrias de Pernambuco com o empresariado local. Atualmente, o produto representa 34% das exportações do Estado, mas já chegou a responder por 55% do bolo.

“O Brasil só pode vender 152 mil toneladas para os Estados Unidos (EUA), uma cota inferior até a da República Dominicana”, comentou Sandra Rios, coordenadora da Unidade de Integração Internacional, da Confederação Nacional da Indústria. Os americanos importam 1,1 milhão de toneladas por ano. O problema é convencer os outros países do Mercosul, especialmente a Argentina, que o produto deve ser colocado na lista preferencial, já que os pontos têm que ser em comum.

“É importante ressaltar que não basta conseguir aprovar os produtos que ficarão livres de barreiras, mas que essa mercadoria esteja num nível de competitividade com os outros países e o açúcar é um deles, assim como camarões, frutas, eletro-eletrônico, confecções e pisos cerâmicos”, enumerou Paulo Gustavo Cunha, vice-presidente para Relações Internacionais da Fiepe.

O embaixador dos EUA na Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Lauredo, fez questão de ressaltar que seu País não será o único beneficado pela Alca. Marcelo Della Nina, do Ministério das Relações Exteriores, destacou o fato de a agricultura americana ser toda subsidiada, o que distorce a competitividade do mercado. No total, as exportações de Pernambuco representam apenas 1% do total enviado para o exterior pelo Brasil. (T.R.)

Banner Revistas Mobile