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PAISS Agrícola vai financiar R$ 1,9 bi

Localizada em Vista Alegre do Alto (SP), a Nardini opera 60% de cana própria
Localizada em Vista Alegre do Alto (SP), a Nardini opera 60% de cana própria

2011-02-21 Industria Externa Usina Nardini ArteO PAISS Agrícola, programa voltado ao segmento sucroenergético, vai financiar R$ 1,9 bilhão em projetos de inovação agrícola até 2018. O programa é desenvolvido pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O volume a ser financiado, obtido pelo Valor com exclusividade, é quase 30% superior ao orçamento inicial do programa, de R$ 1,48 bilhão. De acordo com o diretor de inovação da Finep, Fernando Ribeiro, o edital do PAISS já previa a possibilidade de ampliação do orçamento.

Serão apoiados 35 planos de negócio apresentados por 29 empresas. Eles foram selecionados a partir dos 61 planos de negócios inscritos e habilitados no programa, que somavam demanda de R$ 4,52 bilhões. Ribeiro negou a possibilidade de uma nova edição do programa por enquanto, bem como descartou o desenvolvimento de outro tema no âmbito do Inova Empresa.

“Completamos o ciclo de lançamento de editais e a prioridade agora é concluir sua implementação”, disse o diretor da Finep. De uma demanda inicial de R$ 98 bilhões, o Inova Empresa já contratou R$ 18 bilhões. Ele explicou que o desembolso desses recursos ocorrerá gradativamente.

Sobre o PAISS Agrícola, Ribeiro afirmou que seu resultado consolida política de apoio à inovação tecnológica específica para o setor sucroenergético, iniciada há três anos com o PAISS Industrial. “São esperados impactos positivos no setor com a implementação de projetos envolvendo diversas tecnologias com potencial de dinamizar a indústria do etanol, tornando o setor mais competitivo e elevando a produção em toda a cadeia de valor”, explicou Ribeiro.

Por isso, destacam-se projetos que buscam o desenvolvimento de novas variedades de cana e outras culturas energéticas, mais adaptadas a alterações climáticas e a diferentes características de solo e nutrientes; o desenvolvimento de novas máquinas e processos de plantio, colheita e coleta de resíduos; a agricultura de precisão, manejo sustentável, irrigação e fertirrigação; aplicações de nanotecnologia para agroquímicos; e o desenvolvimento de novos biodefensivos.

De acordo com informações da Finep, os planos de negócio aprovados representam 126 projetos inovadores. Entre as cinco linhas temáticas do programa, aquela com o maior número de planos selecionados foi a de sistemas integrados de manejo, planejamento e controle da produção de cana. Os 12 planos selecionados nessa linha totalizam orçamento de R$ 485 milhões.

A linha referente a máquinas e equipamentos para plantio e colheita de cana teve cinco planos de negócio selecionados, que totalizaram R$ 482 milhões.

Já a temática que apoia a adaptação de sistemas industriais para culturas energéticas compatíveis com o sistema agroindustrial do etanol de cana teve seis planos de negócio selecionados – demanda de R$ 444 milhões.

(Fonte: Valor Econômico)

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