País supera meta e inaugura seis unidades em 2011; quatro podem sair do papel em 2012

Apesar do grande período de estagnação de novos investimentos no setor sucroenergético, a região Centro-Sul bateu sua meta de novas unidades em 2011. Dados do Anuário da Cana comprovam que seis novas usinas entraram em operação no ano passado. São elas: ETH – Água Emendada/GO e Costa Rica/MS; Santa Mercedes/SP; Fátima do Sul/MS; Pedro Afonso/TO e Otávio Lage/GO. Para 2012, possivelmente, o setor poderá ganhar apenas quatro novas empresas, se tudo correr bem. O BNDES tem hoje em carteira apenas dois projetos para construção de novas usinas e outros dois que ainda podem ser enquadrados. “Para a próxima safra, os grandes players anunciaram aportes de mais de R$ 4,5 bilhões, mas a maior parte desse montante é para ampliar usinas já existentes”, afirma o deputado Arnaldo Jardim.

Segundo ele, que defende a adoção urgente de medidas estruturais e estruturantes para o setor, depois de um salto de quase 60% em apenas três safras, elevando a produção de etanol de 17 bilhões de litros para 27 bilhões, o setor sucroenergético passa por um período de estagnação de investimentos causado pela crise financeira global de 2008.

“A partir daí, os poucos investimentos se concentraram na compra de empresas em dificuldades, ou seja, na consolidação do mercado, e não mais na construção de novas usinas e na recuperação e expansão dos canaviais. Mas é indispensável recuperar a competitividade econômica do etanol hidratado”, ressalta.

De acordo com o político, na safra 2008/09, o número de novas unidades produtoras chegou a 34, na safra seguinte (2009/10) foram 19, caindo para dez (safra 2010/11) e chegando a apenas cinco previstas para safra 2011/12.