Mercado

País pede cota maior para açúcar e frango

O Brasil quer a ampliação das cotas de açúcar e de frango impostas pela União Européia (UE). Ontem, representantes dos dois governos se reuniram em Genebra para avaliar como Bruxelas poderia dar compensações ao Brasil diante das conseqüências da ampliação do bloco europeu para dez novos países do Leste, em maio de 2004. Com a adesão dos novos membros a uma tarifa comum européia, certos produtos brasileiros passaram a sofrer tarifas mais elevadas para entrar em países como Polônia e Hungria. Pelas regras internacionais, a UE é obrigada a compensar esses prejuízos.

O Brasil deixou claro que seu acesso ao mercado europeu em produtos como açúcar e frango foi afetado e os europeus aceitaram avaliar a situação. De acordo com membros do governo que estiveram na reunião com os europeus, uma das possibilidades seria ampliar as cotas dos produtos afetados para que o comércio seja compensado.

No caso do açúcar, a cota existente na Europa para o produto brasileiro é de apenas 50 mil toneladas, praticamente insignificante. O comércio do frango também é regulado. Na avaliação de negociadores, o Brasil não deve esperar uma ampliação significativa de suas cotas, pois o volume seria dado apenas para compensar perdas com as altas das tarifas nos países que entraram para a UE.

O governo brasileiro vai listar os 30 produtos mais afetados e apresentar proposta de compensação. Nova reunião com representantes europeus pode ocorrer em março.

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