Mercado

País dobra venda de agrícolas para a Rússia

Além de baterem recorde para o período (US$ 20,2 bilhões), as exportações do agronegócio brasileiro no primeiro semestre de 2005 mostraram que a Rússia aumentou consideravelmente sua participação na balança.

Segundo o Ministério da Agricultura, o país europeu foi o que mais registrou crescimento em compras de produtos agrícolas brasileiros nos primeiros seis meses de 2005 em relação ao mesmo período do ano passado: 108%.

O Japão, o segundo da lista, registrou expansão de 35,6%.

Com as exportações para a Rússia mais do que dobrando no período (de US$ 635 milhões em 2004 para US$ 1,326 bilhão agora), o país saltou da sétima colocação entre os destinos mais comuns dos produtos brasileiros para o terceiro posto.

A Rússia representa 77% do total de exportações para a Europa Oriental, que foi o bloco econômico que registrou o maior crescimento (64,1%), seguido pela África (30,8%), no período.

Com carnes brasileiras, os russos desembolsaram mais de US$ 700 milhões neste primeiro semestre. O valor representa, mesmo com o dólar desvalorizado diante do real, uma variação de 96% em moeda americana em comparação com o mesmo período do ano passado.

O presidente do fórum nacional permanente de pecuária de corte da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Antenor Nogueira, estima que o mercado russo deva absorver US$ 400 milhões da previsão de US$ 3 bilhões de exportação de carne bovina neste ano.

Apesar de quase dobrar a entrada de recursos, o setor de carnes não foi o que mais cresceu em relação ao ano passado. De janeiro a junho de 2005, os russos compraram 2,679 milhões de toneladas de açúcar, contra 1,447 milhão de toneladas no ano passado. Em 2004, os gastos com açúcar foram de US$ 205 milhões.

“Os russos trabalham com açúcar de beterraba, mas a produção deles não atende o mercado interno”, afirma o secretário do Departamento do Açúcar e do álcool do Ministério da Agricultura, Ângelo Bressan Filho.

Ele explica que não há uma explicação específica para o aumento das exportações de açúcar.

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