A rentabilidade da produção sucroenergética está atrelada não somente às oscilações de preços de seus produtos nos diferentes mercados que esta atua. Como em qualquer outra atividade econômica, a produção de etanol, açúcar e bioenergia carrega onerosos custos e estes atuam diretamente na saúde financeira das usinas.

A seguir, o Portal JornalCana reporta um estudo realizado pela Sucrotec, que verificou em quais setores estão os maiores custos da atividade sucroenergética, realizando um comparativo de dez safras com uma estimativa do custo médio das usinas para o final da safra 2015/16.

Acompanhe em gráficos a evolução dos custos agrícola, administrativo, industrial e totais, com suas respectivas estimativas para este ano

As Usinas

O estudo acompanhou 7 usinas sucroenergéticas, sendo 6 localizadas no Estado de São Paulo e uma em Minas Gerais. Localizadas em um raio médio de 26 km de distância, a moagem média destas usinas é de 2,2 milhões. Sendo 1,2 milhão a menor moagem e 3,7 milhões de toneladas a maior.

Juntas, as unidades moeram 18 milhões de toneladas, montante que representa 5% da moagem em São Paulo. Do total processado, 34% é oriundo de cana de fornecedores.

A produção de cana-de-açúcar destas acontece em sua maior parte em terras arrendadas, sendo estas responsáveis por 75% da área total de produção.

O mix de produção médio atingiu 50% para açúcar e etanol. Com ATR médio 133 kg.

Os Custos

Abaixo é possível verificar os custos de dez safras, com a estimativa – realizada pela Sucrotec – para a safra vigente. Os valores foram corrigidos para o mês de outubro de 2015.

No geral, as estimativas indicam redução nos custos para o final desta safra. Apenas os relativos a cana de fornecedor ficarão maiores, passando de R$ 77,57 para R$ 78,58 por tonelada, alta de 1,3%.

O custo agrícola para produção de cana própria será 11,7% menor, chegando a R$ 63,35 por tonelada. Nas áreas administrativas e industriais os encargos apresentaram redução de 6,9% e 7,6%.

O custo total, ficará próximo dos R$ 45,11 por saca de 500 kg açúcar, queda de 3,8% em relação a safra 2014/15.