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Onda de tempestades que atingiu Sudeste pode se repetir em novembro e dezembro

Ciclone no Oceano Atlântico foi responsável pela ocorrência de enormes ondas e pela ressaca no litoral

Áreas de tempestade se organizaram em linha e invadiram divisa de SP e MS
Áreas de tempestade se organizaram em linha e invadiram divisa de SP e MS

As tempestades intensas que atingiram diversas regiões no fim de semana, especialmente no Estado de São Paulo, e provocaram mortes e grandes danos, podem se repetir ao longo dos meses de novembro e dezembro, segundo dados da ignitia Inteligência Climática.

A empresa de previsões de alta precisão aponta que pelos próximos 10 dias a tendência é que não tenhamos chuvas, exceto no litoral do Rio de Janeiro e São Paulo. Mas, a chuva e os ventos voltam fortes nos próximos dois meses.

Segundo o meteorologista e diretor da ignitia, João Rodrigo de Castro, esse cenário de tempestades é comum durante a primavera, especialmente em anos de El Niño. Mas ele explica que o fim de semana foi marcado por uma sequência incomum de temporais e vendavais. “O que não é comum é a organização das tempestades como vimos neste último final de semana, sendo mais comum que elas ocorram de forma isolada”, afirma.

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De acordo com Castro, fatores meteorológicos importantes ocorreram e, somados ao calor, acabaram resultando em um ambiente favorável para a ocorrência das tempestades. “Dentre esses fatores, talvez o principal tenha sido a atuação de um ciclone no Oceano Atlântico. Esse mesmo ciclone também foi responsável pela ocorrência de ondas de três metros de altura no mar e pela ressaca no litoral. Isso tudo pode se repetir nos meses de novembro e dezembro”, afirma.

Embora as tempestades do fim de semana tenham atingido principalmente o estado de São Paulo, interior e capital, o sistema da ignitia Inteligência Climática registrou intensas rajadas de vento também no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e no Mato Grosso do Sul.

Até o início da tarde de sexta-feira (3), as tempestades estavam concentradas sobre a região de Curitiba – PR, mas avançaram rapidamente, criando o que é chamado na meteorologia de linha de instabilidade. “Esses eventos são caracterizados pelo alinhamento de várias tempestades localizadas, que se deslocam de forma uniforme levando muitos danos aos locais por onde passam”, explica Castro.

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