A Odebrecht está atenta às oportunidades de aquisição no setor de açúcar e álcool geradas pela crise global, mas não tem planos de compra no curto prazo, afirmou nesta quarta-feira o presidente-executivo da companhia, Marcelo Bahia Odebrecht.
Segundo ele, a Odebrecht tem como estratégia desenvolver suas próprias usinas, mas chega a ser até “frustrante” ver alguns negócios mais baratos prontos.
“Quando a gente começou nosso investimento em açúcar e álcool, nossa ideia sempre foi construir greenfields. A frustração que todas as empresas têm agora é que é muito mais barato comprar do que fazer”, afirmou no Rio de Janeiro, onde participa de encontro do Fórum Econômico Mundial.
“Então é óbvio que não tem nenhuma empresa que tem uma certa segurança de caixa que não está atenta a qualquer oportunidade de aquisição.”
O executivo ponderou que, diante da crise de liquidez que assola o mundo, as empresas precisam analisar com cuidado essas oportunidades, “para que daqui a pouco não entre numa situação daquela empresa que estava sendo adquirida”.
“As oportunidades existem, mas têm que ser analisadas com cuidado. A gente está atento, mas não tem nada para sair (no curto prazo)”, acrescentou.
“Açúcar e álcool é um dos (setores) que estão muito mais baratos hoje. Quer dizer, a gente está construindo nossas usinas e vendo do lado outras mais baratas.”