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No lado pobre da capital do País, Bird avalia Bolsa Família

O presidente do Banco Mundial (Bird), Paul Wolfowitz, visitou na manhã de ontem beneficiários do Bolsa Família em uma das comunidades mais pobres de Brasília, Va rjão. Discretamente, sem convocar a imprensa, Wolfowitz esteve na Escola Classe Varjão, onde mil crianças do bairro estudam do pré-primário à quarta série do ensino fundamental, e conversou com cinco famílias, conforme contou a diretora do colégio, Maria das Graças de Oliveira.

Wolfowitz ainda visitou três casas da vizinhança, das quais duas construídas com madeirite – o único material autorizado para as famílias invasoras da área e que ainda não contam com a posse definitiva do terreno.

Dessa incursão, participaram ainda a secretária de Estado de Educação, Vanderci Antônia Camargo, e representantes do Ministério da Educação.

Apesar dos pequenos discursos sobre os programas assistenciais dos governos federal (Bolsa Família) e do Distrito Federal (Renda Minha), Wolfowitz mostrou-se mais interessado em ouvir os relatos das famílias sobre a importância de receberem uma quantia adicional a seus ganhos.

Segundo Maria das Graças, que enfrenta no dia a dia os efeitos da falta de estrutura para as famílias no bairro, a principal resposta foi a de que os programas permitiam a sobrevivência em situações de desemprego.

Desde que iniciou sua visita ao Brasil, no último dia 15, Wolfowitz vem seguindo uma agenda voltada para o conhecimento das condições de vida de estratos mais pobres das populações de São Paulo, Fortaleza (CE), Santarém (PA) e Brasília.

Amanhã, em Ribeirão Preto (SP), o presidente do Bird visitará a Usina São Martinho, onde se informará sobre o processo de produção do etanol e o projeto de uso no Brasil e de exportação desse biocombustível. Depois irá a São Paulo, onde se encontra com dois pré-candidatos tucanos à Presidência, o prefeito José Serra (PSDB) e o governador Geraldo Alckmin.

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