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Negócios gerados e intenções de compra na Agrishow 2023 superam os R$ 13,2 bilhões

Feira aconteceu no período de 1º a 5 de maio, em Ribeirão Preto - SP

José Maurício de Alburquerque Tavares
José Maurício de Alburquerque Tavares

A Agrishow 2023 – 28ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, realizada entre os dias 1º e 5 de maio, em Ribeirão Preto – SP, alcançou um volume recorde de R$ 13,290 bilhões de negócios gerados e intenções de compra em máquinas agrícolas, de irrigação e de armazenagem.

Esse montante representa um crescimento nominal de 18% e um aumento real de 9,5% (descontada a inflação) em relação à edição de 2022, quando foram computados R$ 11,243 bilhões de negócios gerados e intenções de compra de máquinas agrícolas, de irrigação e de armazenagem.

Em termos de visitação, a Agrishow 2023 recebeu um total de 195 mil pessoas, em sua maioria, produtores rurais de pequenas, médias e grandes propriedades de todas as regiões do país e também do exterior.

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João Carlos Marchesan

Para João Carlos Marchesan, vice-presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ) e novo presidente da Agrishow, “a feira cresce fortemente a cada ano e apresenta máquinas, tecnologias e soluções para todos os tamanhos de propriedade rural e para os variados tipos de cultura, atendendo as principais demandas para o produtor rural crescer”.

A feira é organizada pela Abag – Associação Brasileira do Agronegócio, Abimaq – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, Anda – Associação Nacional para Difusão de Adubos, Faesp – Federação da Agricultura e da Pecuária do Estado de São Paulo e SRB – Sociedade Rural Brasileira. A próxima edição da Agrishow será realizada entre os dias 29 de abril e 3 de maio de 2024.

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Programa ‘Etanol Mais Verde’ na Agrishow

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo promoveu no dia 3 de maio, durante a Agrishow, a apresentação dos números levantados pelo ‘Etanol Mais Verde’, safra 2022/23. Para o evento realizado no auditório do IAC, Centro de Cana, estavam presentes o secretário executivo da pasta, Marcos Renato Böttcher e representantes dos signatários do protocolo, por parte das usinas e associações.

O programa tem como objetivo estimular as melhores práticas agroambientais e a sustentabilidade da cadeia produtiva da cana-de-açúcar. Além disso, sua finalidade é também solucionar os desafios comuns do setor sucroenergético, buscando avanços na área ambiental, social e econômico em todo o Estado de São Paulo.

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Böttcher se mostrou bastante otimista com a continuidade do ‘Etanol Mais Verde’ e projetou um crescimento na regularização ambiental em São Paulo. “A meta definida pelo secretário Antonio Junqueira é que a regularização ambiental alcance 100% no Estado de São Paulo. Estamos otimistas e vamos trabalhar forte para alcançar esse objetivo”, disse.

Desde o início do protocolo, houve eliminação da queimada e deixaram de emitir 72,4 milhões de toneladas de poluentes atmosféricos (monóxido de carbono, material particulado e hidrocarbonetos) e 12,04 milhões de toneladas de gases de efeito estufa (GEE).

A área restaurada cumulativa estimada desde o início do protocolo é de 30 mil hectares, com mais de 50 milhões de mudas de árvores nativas plantadas.

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Produtores de cana interessados nas tecnologias apresentadas na feira

José Maurício de Alburquerque Tavares

Os resultados extraordinários no campo, devido às boas condições climáticas, têm refletido em novos investimentos dos produtores de cana-de-açúcar, como é o caso de José Maurício de Alburquerque Tavares, da Fazenda Peri-peri, localizada em Teotonio Vilela, AL, que visitou a feira em busca de novidades.

Tavares é de uma família que planta cana há quatro gerações. Atualmente, tem uma produção de 60 mil toneladas de cana que fornece para a Usina Impacto Bioenergia, localizada também no município de Teotonio Vilela.

 “Sempre visitamos a feira para acompanhar as novidades tecnológicas voltadas para a agricultura, pecuária. Nos interessa essa parte de colheita mecanizada, plantadeira, o conjunto completo”, disse, que contou ter terminado a safra em abril, com sucesso.

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“Foi uma ótima safra. Com precipitação boa, muita umidade que elevou a produtividade. No meu caso, chegou perto de 100 toneladas por hectares, o que é considerado extraordinário. Um ganho significativo, para produtor de cana comemorar”, finalizou.

Essa matéria faz parte da edição junho/julho (345) do JornalCana. Para ler, clique AQUI!

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