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Não há previsão para reajuste, diz Lobão

O ministro Edison Lobão (Minas e Energia) negou ontem que o governo tenha uma previsão de percentual de reajuste da gasolina ou de uma data para o aumento.

“A Petrobras insiste que os preços estão desalinhados, que precisam ser realinhados”, afirmou. “Mas isso só o ministro Guido Mantega (Fazenda) pode dizer.”

O ministro destacou que a decisão sobre o aumento deve ser tomada pelo conselho de administração da estatal, cujo presidente é o ministro da Fazenda.

“Quando foi concedido o aumento neste ano, ele [Mantega] falou que até o fim do ano alguma coisa poderia vir a mais. Depois não falou [mais nada]”.

Lobão lembrou que, no passado, os reajustes concedidos nas refinarias não eram sentidos pelos consumidores porque o governo compensava essa alta com uma redução da Cide, contribuição que incide sobre os combustíveis.

Porém, em junho de 2012, o governo zerou de vez o imposto e agora os aumentos têm necessariamente impacto na bomba. O mais recente reajuste ocorreu em janeiro.

“O aumento sempre houve, menos na bomba. A Cide bancava os aumentos, até que a Cide não teve mais, aí foi concedido aumento na bomba”, disse o ministro.

PPSA

Lobão disse também que o governo deve ter, até a próxima semana, as indicações de nomes para presidência e direção da PPSA (Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural).

A companhia fará a gestão dos contratos de comercialização de petróleo e gás natural da União.

Criada por meio de decreto, no início do mês passado, a PPSA foi o tema central da conversa entre o ministro de Minas e Energia e a presidente Dilma Rousseff na manhã de ontem.

“Não temos os nomes ainda, mas temos pressa, muita pressa em concluir esses estudos até a próxima semana.”

O ministro citou ainda alguns estudos, feitos pelo governo, para a privatização das distribuidoras de energia do grupo Eletrobras. Ele destacou, no entanto, que não há uma decisão oficial sobre o assunto ainda.

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