As exportações de etanol brasileiro para os Estados Unidos podem estar em risco se a proposta de redução na quantidade de etanol misturado à gasolina para 2014, feita pela EPA- Agência de Proteção ao Meio Ambiente for aceita pelo governo americano, como noticiado ontem pelo Jornal Cana.
Apesar dos ânimos estarem exaltados tanto nos Estados Unidos quando no Brasil e em países da America Latina com mercados de etanol emergentes, a administradora da EPA Gina McCarthy emitiu um comunicado à imprensa na segunda-feira dia 14 de outubro dizendo que a agência não finalizou suas metas de mistura de biocombustíveis para 2014. No entanto, como foi observado pelos analistas, ela também não negou essa possibilidade.
Segundo dados da Unica-União da Indústria de cana-de-açúcar o Brasil exportou para os Estados Unidos cerca de 2 milhões de litros de etanol na safra 2012/13.
A Agência americana classificou o etanol de cana-de-açúcar como uma variedade de baixo carbono avançada, ou seja, que é capaz de reduzir as emissões de gases do efeito estufa em pelo menos 50% se comparada com a gasolina. E projeta que até 80 bilhões dos 136 bilhões de litros de biocombustíveis previstos para consumo em 2022 sejam de variedade avançada, como o etanol de cana. É um volume três vezes superior ao consumo atual do Brasil, de 25 bilhões de litros só em 2010 por exemplo.