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MPT investiga morte de funcionário da Santa Luiza durante queimada

A Procuradoria do Ministério Público do Trabalho (MPT), em Araraquara, na região de Ribeirão Preto, investigará a morte de um funcionário da Usina Santa Luiza, de Motuca, ocorrido na noite de domingo. Adriano do Amaral, de 31 anos, era motorista do caminhão da brigada de incêndio da empresa e morreu queimado, no canavial, por volta das 20 horas, quando trabalhava no auxílio à queima da palha de cana-de-açúcar. O corpo de Amaral foi sepultado ontem. Outro funcionário da usina, Ivanildo Gomes, de 44 anos, está internado em estado “crítico gravíssimo”, no Hospital São Paulo, em Ribeirão Preto.

Amaral estava trabalhando no suporte da queimada de cana, como ocorre nas usinas, durante a noite, para que, no dia seguinte, os cortadores trabalhassem na colheita. No Sítio São Salvador, em São Lourenço do Turvo, distrito de Matão, Amaral estava com Gomes e outro colega da brigada de incêndio da empresa, além de outros funcionários encarregados da queima. Esse caminhão geralmente controla a área delimitada para a queimada, que precisa de aprovação prévia. O fogo do canavial atingiu a cabine do caminhão que Amaral dirigia. Amaral, que trabalhava há um ano nesse serviço, morreu no local. Gomes foi socorrido, mas está com 40% do corpo queimado.

Gomes ainda foi resgatado por um segundo veículo que dava apoio à operação, mas está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Paulo, em Ribeirão, sedado e respirando artificialmente. O MPT, da 15ª Região de Campinas, investiga nos últimos anos 19 mortes de cortadores de cana, suspeitas de terem ocorrido por excesso de esforço na colheita. Um dos casos ocorreu no plantio e esse, de Amaral, durante uma queimada.

Segundo a assessoria de imprensa da Usina Santa Luzia, a empresa está prestando toda a assistência às famílias das vítimas e também aguarda o laudo da Polícia Técnica de Araraquara sobre o que teria ocorrido.

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