Mercado

Moagem lenta mantém...

Sem conseguir visualizar o futuro do mercado, muitos investidores estão preferindo rolar seus contratos de maio para julho, o que explica os valores idênticos de fechamento para os dois períodos. Outro motivo de incerteza, são as notícias contraditórias em relação ao clima. Ao mesmo tempo que se confirma o excesso de chuva nas lavouras, os institutos de meteorologia anunciam os efeitos de um fenômeno meteorológico, o La Niña, que deverão provocar estiagem prolongada durante o outono.

O meteorologista, Paulo Etchitchury, da Somar Meteorologia, diz que não há razão para preocupação. O La Niña está em andamento, com o resfriamento das águas do Oceano Pacífico, mas é de pouca intensidade. O fenômeno deverá provocar um outono um pouco mais seco, mas sem conseqüências sérias para a agricultura. Tampouco haverá frio intenso, a ponto de queimar as lavouras. “As condições são favoráveis para o setor sucroalcooleiro”, afirmou Etchitchury. Para o vice-presidente da Udoc, a estiagem pode afetar a produtividade na próxima safra de cana.

Reforma energética

A incerteza em relação à oferta de mercado é intensificada pelo temor de a demanda por álcool ser pressionada pela decisão dos Estados Unidos de suprimir o Éter Metil Terbutílico (MTBE) da gasolina. Até agora, 27 estados americanos já eliminaram o aditivo da gasolina e o substituíram por etanol. O MTBE é acusado de ser cancerígeno e de contaminar a água.

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