Mercado

Mistura de etanol à gasolina cairá

O governo vai reduzir de 25% para 20% a proporção da mistura de etanol anidro na gasolina a partir de 1º de outubro. A informação foi dada no início da noite de ontem pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, depois de reunião com a presidente Dilma Rousseff.

“Nós temos que garantir o abastecimento olhando para este ano e olhando para o próximo ano também, porque verificamos que a safra do próximo ano não será muito melhor do que a atual. Então temos que tomar providência desde logo”, justificou Lobão.

O novo porcentual da mistura de etanol na gasolina valerá por tempo indeterminado, segundo o ministro. “Depois calibraremos, verificando a resolução, no momento em que acharmos que há segurança para suspendermos”, afirmou.

Além dessa medida de segurança contra desabastecimento do mercado e de preços altos, Lobão ressaltou que medidas complementares já anunciadas, como o financiamento da estocagem, também serão adotadas. Segundo o ministro, os parâmetros das linhas de financiamento com “favorecimento” estão em fase e considerações finais do ministro da Fazenda, Guido Mantega. A previsão, segundo Lobão, é de que as medidas sejam anunciadas nos próximos dias.

A redução da mistura de anidro na gasolina deve criar novas incertezas no setor de combustíveis, de acordo com especialistas do setor sucroalcooleiro. De acordo com Plínio Nastari, presidente da Datagro Consultoria, a redução é desnecessária porque o setor está importando etanol para equilibrar o abastecimento. “Esta importação de etanol não traz ônus fiscal para o País porque o etanol internacional está mais barato que o do mercado interno”.

ENTENDA A NOTÍCIA

Para uma fonte do setor, a redução do anidro trará incertezas quanto ao abastecimento e preço. Para esta fonte, um novo patamar de equilíbrio terá que ser buscado, o que provocará incertezas em relação a preço.

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