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Ministros divergem sobre plantio de cana no Pantanal

Após uma reunião fechada com a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, os ministros Carlos Minc (Meio Ambiente) e Reinhold Stephanes (Agricultura) deixaram ontem o Palácio do Planalto com versões diferentes sobre os planos do governo de liberar os canaviais e aumentar a produção de álcool na região do Pantanal. Stephanes confirmou que o projeto do governo prevê a ampliação da lavoura de cana em áreas mais elevadas da Bacia do Alto Paraguai, onde correm os rios que deságuam nas áreas alagadas do Pantanal.

Minc voltou atrás e disse que, diferentemente do que havia afirmado anteriormente, não permitirá o plantio de novos pés de cana nem em áreas já degradadas do Planalto Pantaneiro.

Pela manhã, antes das declarações de Minc, a ex-ministra do Meio Ambiente e senadora Marina Silva (PT-AC) se disse preocupada com o assunto, e condenou qualquer plano de avanço da cana na região do Pantanal.

— Não pode haver expansão de canavial, nem no planalto, nem na planície. O ministro Minc falou que não haverá retrocesso.

Espero que isso, de fato, seja mantido — disse.

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