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MDIC projeta queda de 20% nas exportações brasileiras em 2009

As exportações brasileiras deverão ter queda de 20% neste ano, segundo estimativa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), totalizando U$ 160 bilhões. A redução só não deve ser maior graças ao desempenho dos produtos básicos.

No primeiro quadrimestre, as vendas de produtos básicos apresentaram valor recorde para o período, de US$ 17,24 bilhões e cresceram 8,7% ante o mesmo período de 2008. Por outro lado, os produtos manufaturados e semimanufaturados, de alto valor agregado, tiveram queda nas vendas de 28,7% e de 21,5%, respectivamente.

Pelos dados do primeiro quadrimestre, no grupo de manufaturados, somente o açúcar refinado apresentou crescimento de 18,7% no comparativo com os primeiros quatro meses de 2008. Os demais principais produtos exportados apresentaram quedas significativas: óleos combustíveis (64,1%), bombas e compre ssores (44,8%), suco de laranja congelado (43,6%), veículos de carga (43,2%), etanol (38,7%), autopeças (39,0%), automóveis (38,4%) e laminados planos (36,8%).

Por mercados de destino, houve crescimento apenas para a Ásia, sobretudo para China, e África. As vendas externas para os Estados Unidos caíram 34,5%, para a União Europeia, 22,9% e para o Mercosul, 39,4%.

A deterioração dos números se deve à retração dos mercados compradores e à queda nos preços internacionais de alguns produtos. Por causa desse cenário nebuloso, ao contrário dos anos anteriores, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior não divulgou uma meta de exportação para 2009.

O Ministério deixou claro que a projeção de US$ 160 bilhões é apenas uma estimativa. Se confirmada, significará uma queda de 20% em relação ao verificado em 2008, quando as vendas brasileiras ao exterior somaram US$ 197,9 bilhões.

No acumulado do ano, até a terceira semana de maio, as exportações somaram US$ 52,58 bilhões e as importações, US$ 44,10 bilhões, com superávit de US$ 8,47 bilhões. Pela média diária, a queda das vendas externas no ano é de 20% e das importações, de 25%.

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