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Lula oferece ajuda a Serra Leoa para produzir biocombustíveis

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu hoje em Brasília o governante de Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, a quem ofereceu colaboração para desenvolver combustíveis de origem vegetal, informaram fontes oficiais.

“A experiência brasileira com biocombustíveis e fontes renováveis de energia mais limpas e baratas abre a perspectiva de mais emprego e renda no campo e é nossa resposta ao desafio da mudança do clima”, afirmou Lula a Koroma, primeiro líder de Serra Leoa a visitar o Brasil.

Koroma teve a oportunidade de conhecer hoje um centro de pesquisa de combustíveis de origem vegetal da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), organismo que participará, no final deste ano, de uma missão comercial que vai ao país africano para estudar a instalação de projetos nesta área.

No discurso, Lula convidou o governante leonês para converter a produção de alimentos em “uma fonte de progresso, de emprego e de esperança de uma vida digna para milhares de trabalhadores”, segundo um comunicado divulgado pela Presidência.

O presidente se mostrou aberto a colaborar em outras áreas econômicas com Serra Leoa, como a de construção civil, e ofereceu a experiência de seu país em outros assuntos, como o combate à aids e na manutenção da paz.

Para a área de saúde, ofereceu seu programa de capacitação e treinamento profissionais, o que qualificou como um “exemplo prático da cooperação sul-sul”.

No campo da defesa, Lula felicitou Koroma por sua “liderança e compromisso pessoal” na pacificação do país, processo que representa “uma inspiração para os amantes da paz e da justiça” e lhe expressou o compromisso de apoiar o fortalecimento institucional “para superar o legado de uma guerra traumática”.

“Sua eleição representou um passo irreversível no progresso do povo de Serra Leoa rumo à reconciliação política e à estabilidade econômica, e reflete o amadurecimento de um continente”, disse ao líder leonês.

Os dois presidentes reiteraram sua intenção de estabelecer embaixadas em Brasília e Freetown e criaram uma comissão mista destinada a aprofundar as relações comerciais, culturais e tecnológicas, que se reunirá a cada três anos. EFE mp/db

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