Mercado

Litro do álcool em Mato Grosso é o 3º mais barato do Brasil

O motorista que se dispuser a pesquisar antes de abastecer o carro a álcool pode fazer uma boa economia, já que na bomba dos postos de combustíveis de Cuiabá e Várzea Grande o litro do produto varia de R$ 1,26 até R$ 1,49.

O preço médio do álcool em Mato Grosso é o terceiro mais barato do país segundo a última rodada de pesquisas publicada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O valor mais acessível está em São Paulo, preço médio de R$ 1,26, seguido de Goiás, com média de R$ 1,36. O mais caro foi observado em Roraima, onde o litro chega a R$ 2,17.

Mesmo com a diferença de até R$ 0,23 para cada litro, ou de mais de R$ 9 por “tanqueada” de um posto para outro, Mato Grosso tem preço médio de R$ 1,40, cotação que coloca também o Estado entre os 12, onde a utilização do álcool hidratado continua mais vantajosa em relação à utilização de gasolina no tanque dos automóveis, segundo a ANP.

Mato Grosso revela, pelos valores apurados pela ANP, que o álcool corresponde a pouco mais de 50% do valor médio da gasolina, apurada também pela ANP.

Isso significa dizer que o preço em vigor para cada litro do álcool em Mato Grosso fica na margem de até 70% do preço do litro da gasolina, percentual que considera a substituição do derivado do petróleo pelo da cana-de-açúcar aplicável, já que garante economia ao motorista.

O álcool é um combustível com menos rendimento, comparado à gasolina por isso para haver demanda, o preço deve compensar o rendimento menor. De acordo com o último levantamento da ANP, que verificou o comportamento do mercado revendedor dos combustíveis entre 27 de abril a 3 de maio, a gasolina registrou valor médio de R$ 2,79, o segundo mais caro do país, perdendo apenas para o Acre, com preço médio de R$ 2,93.

Segundo a ANP e a Agência Estado, o álcool hidratado permanece mais barato que a gasolina em Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins. “A maior vantagem é registrada nos Estados de Mato Grosso, São Paulo e Espírito Santo”.

Pesquisa

No Estado o preço mais baixo apurado nesta última pesquisa foi registrado em Santo Antônio de Leverger (34 quilômetros ao sul de Cuiabá), R$ 1,22 e mais caro observado em Alta Floresta (800 quilômetros ao norte de Cuiabá), (R$ 1,90), seguido de Sorriso (460 quilômetros ao médio norte de Cuiabá), (R$ 1,89).

No levantamento da ANP das últimas quatro semanas observa-se recuo nas cotações de bomba, já que o litro passou de R$ 1,54 no início de abril para R$ 1,40 no início de maio.

Iversão

Nos estados de Goiás, Paraíba, Rio Grande do Sul, Rondônia e Santa Catarina a utilização de etanol ou gasolina é indiferente. Nos demais dez estados, a gasolina está mais competitiva. São eles o Acre, Amapá, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Pará, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima e Sergipe. Os estados onde a gasolina tem maior competitividade são Roraima, Amapá e Pará.

Mercado

O valor de bomba do litro do álcool ensaiou recuperação neste início de semana, mas nem todos os postos aderiram ao aumento de cerca de 15%, saindo de R$ 1,26 para R$ 1,45. Alguns postos de Cuiabá voltaram o valor ao consumidor ontem ao patamar de R$ 1,45, alta de 15% em relação aos preços da semana passada (R$ 1,26). A explicação do mercado revendedor é de que a alta foi motivada pelo aumento de valores repassado pelas usinas às distribuidoras.

O superintendente do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras de Mato Grosso (Sindálcool), Jorge dos Santos, explicou na última segunda-feira, que o reajuste foi necessário devido à redução do ritmo da colheita e da produção, por causa das chuvas que caíram nos últimos dias.

Santos fez um alerta: ele acredita, entretanto, que os preços não terão queda significativa. “A tendência é de que os preços se mantenham nos patamares atuais. Não acredito que os postos consigam se sustentar vendendo álcool por menos de R$ 1,45”.

Segundo ele, os usineiros enfrentam o pior momento nos últimos 12 meses. “Tivemos inúmeros aumentos nos preços dos insumos (fertilizantes e defensivos agrícolas) e assim a margem líquida da usina está em torno de R$ 0,60, já descontados os R$ 0,41 de impostos. Se contabilizamos outras despesas fora da usina, como PIS, Cofins e frete, além da margem das distribuidoras, não sobrará quase nada para os postos revendedores”. (Marianna Peres)

Banner Revistas Mobile