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Legislação e burocracia podem atrasar cana transgênica no Brasil

A legislação brasileira sobre biossegurança pode atrasar o lançamento comercial da cana transgênica no País, apesar do avanço das pesquisas nessa área. Segundo pesquisadores e especialistas em biotecnologia, o Brasil tem condições técnicas para lançar a cana transgênica daqui a dois ou três anos. Essa foi uma das questões discutidas ontem. 20 de julho, último dia do Simpósio sobre Biotecnologia na Cana-de-Açúcar (Simbio), realizado durante o Simpósio Internacional e Mostra de Tecnologia da Agroindústria Sucroalcoleira (Simtec), que termina hoje, 21 de julho, em Piracicaba, SP.

Além da falta de flexibilidade da legislação brasileira, a burocracia do Conselho Nacional de Segurança (CNBS) pode contribuir para que o País perca a liderança no desenvolvimento de pesquisas nessa área, segundo a presidente da Associação Nacional de Biossegurança (ANBio), Leila Macedo Oda, uma das palestrantes do Simbio. De acordo com ela, a Austrália poderá lançar a cana transgênica antes do que o Brasil. Na avaliação dela, questões políticas e visões diferentes estão tornando a discussão, dentro do Conselho, bastante ideológica, o que acaba dificultando o avanço da biotecnologia devido a não liberação de organismos transgênicos, entre outros fatores.

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