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Injusta exclusão

A atitude de indignação de produtores goianos ao tomarem conhecimento de que o projeto final do alcoolduto ligando o centro de refinaria de Paulínia, em São Paulo, a regiões produtoras de álcool combustível, exclui Goiás, é muito procedente. Nada mais injusto – e se pode até dizer que desleal mesmo.

A decisão é também arbitrária, pois não buscou algum consenso. Tudo indica ter havido a predominância de determinados interesses ocultos. Como se justificar que o Estado com as melhores perspectivas de produção de álcool nos próximos anos não seja contemplado pelo alcooduto?

O consórcio formado pela Petrobras Biocombustível, Mitsui e Camargo Corrêa (PMCC) teria de ampliar o leque das audiências para a definição do traçado do alcoolduto até o ponto em que não ficasse a menor dúvida sobre o mais correto e adequado mapa a ser alcançado pelo equipamento. E Goiás é parte substancialmente importante neste mapa.

Parece ter faltado também um melhor acompanhamento político do processo de definição do traçado. As forças políticas do Estado deveriam ter uma atuação mais eficiente em defesa da inclusão de Goiás no traçado. E se ainda puderem fazer alguma coisa, que o façam com a devida urgência, antes que as obras de construção do alcoolduto se iniciem.

Goiás tem contribuído muito para a consolidação da política dos biocombustíveis e deve continuar assim nos próximos anos. É inaceitável que fique de fora no caso do alcooduto.

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