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Indústria discorda de que TJLP é subsídio, segundo visão do FMI

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, divulgou nota ontem para contestar posição do Fundo Monetário Internacional (FMI), que considera a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), utilizada principalmente em financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, uma espécie de subsídio. A taxa está fixada em 10% ao ano,

Segundo Monteiro Neto, a indústria brasileira considera inaceitável qualquer ingerência do FMI que possa produzir uma mudança na TJLP, que para ele tem sido a marca fundamental da atuação do BNDES no último ano.

Para o presidente da CNI, a taxa é o único instrumento de fomento e de suporte à modernização da indústria e de financiamento de longo prazo no país, e qualquer mudança desestruturaria todos os programas que vêm sendo realizados pela instituição, com gravíssimos reflexos sobre a formação de capital fixo no Brasil.

“É inteiramente improcedente a alegação de que a TJLP contém subsídio ou embute subsídio, porque a taxa está fixada em níveis bem superiores à média de inflação dos últimos anos”, disse.

A nota da CNI também diz que a TJLP assegura ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e aos recursos do Pis/Pasep remuneração maior àquela dada aos depositantes da caderneta de poupança.

A nota termina afirmando que o Armanda Monteiro Neto não vê nada inadequado na utilização da taxa e que há espaço para que se reduza a TJLP, que apesar de estar abaixo da taxa básica de juros (Selic), ainda está em patamares superiores ao de taxas utilizadas nos países com os quais o Brasil concorre.

“Tenho certeza de que essa é a posição que toda indústria brasileira vai manifestar, para realmente resguardar um sistema que vem funcionando e que ainda terá um papel importante a cumprir nos próximos anos”, disse ele através da nota. (Fonte: Agência Brasil)

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