A produção industrial brasileira acumulou um crescimento de 0,3% ao longo de 2003 ante 2002, e foi, segundo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o pior resultado desde 1999, quando a indústria registrou queda de 0,7%.
Para o coordenador de indústria do IBGE, Sílvio Sales, o crescimento foi muito discreto, mas razoável diante das circunstâncias que a economia do país atravessou no ano passado. “O resultado foi o preço que se pagou pelo controle da inflação, que também continuou influenciando na queda do rendimento real do trabalhador e no aumento do trabalho informal”, explicou Sales.
Os índices divulgados na sexta-feira pelo IBGE mostram, no entanto, que a produção industrial nacional apresentou uma recuperação no final do ano, já que o trimestre encerrado em dezembro registrou um aumento 5,7% superior ao trimestre encerrado em junho. “A indústria encerrou 2003 operando num patamar acima do que ela produziu ao longo do ano, o que pode ser uma indicação positiva para 2004”, acrescentou.
Notícias Relacionadas
Usinas
Porto de Paranaguá alcança Recorde de Movimentação em 24 Horas
No período de 20 a 21 de abril, o Porto de Paranaguá atingiu um marco histórico ao movimentar mais de 146 mil toneladas de soja no Corredor de Exportação Leste. Essa marca representa um aumento de 5% em comparação ao recorde anterior, registrado em agosto de 2019 (138.988,98 toneladas). Luiz Fernando Garcia, diretor-presidente da Portos […]
Mercado
Estudo inédito destaca o Brasil como protagonista da transição energética nos transportes
O Brasil dá um passo significativo em direção à mobilidade sustentável com a formação do Acordo de Cooperação Mobilidade de Baixo Carbono para o Brasil (MBCB). A iniciativa busca impulsionar a transição energética limpa, economicamente viável e socialmente responsável do setor de transportes do Brasil, respeitando a neutralidade tecnológica e estimulando a neoindustrialização. O MBCB […]
Ainda de acordo com Sales, a queda de 1% na produção industrial em dezembro, ante novembro, “não significa o início de um processo de reversão do crescimento, porque a queda ocorreu após um período razoável de crescimento e pode ser um sinal de que as empresas estão olhando os estoques para fazer planos em relação à produção”.
A Pesquisa Industrial Mensal mostra que os bens não duráveis tiveram queda acumulada de 5,5% no ano e que foi o único segmento a apresentar no segundo semestre um resultado pior do que o registrado nos primeiros seis meses do ano.
Este segmento é o mais atrelado à renda do trabalhador e, conforme o IBGE, desde 1998 vem registrando taxas negativas. Já os bens intermediários, beneficiados pelo aumento das exportações, apresentaram crescimento de 1,9% no segundo semestre de 2003. Os bens semi-duráveis também apresentaram recuperação com a melhoria das condições de crédito. (Fonte: Agência Brasil)
