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IBGE: agroindústria cresce em 6 de 8 setores da agricultura

Rio, O crescimento de 3,4% na agroindústria nos setores vinculados à agricultura foi puxado especialmente pelo setor de produtos industriais derivados da agricultura, que cresceu 4,3% em 2006, com resultados positivos em seis dos oito subsetores pesquisados. Os derivados da cana-de-açúcar cresceram 7,9%, “por conta da maior demanda por álcool para atender o crescimento da frota de automóveis bicombustível e também pela maior exportação de açúcar e álcool, impulsionada pela alta dos preços internacionais”.

Outras contribuições positivas, segundo o IBGE, vieram de celulose (4,2%), fumo (6,2%) e laranja (1,9%); arroz (1,9%) e trigo (0,2%). Segundo o documento de divulgação do instituto, “a demanda por estes dois últimos produtos, direcionados ao abastecimento interno, foi beneficiada pelo incremento da massa salarial e do consumo de alimentos básicos”.

Já os derivados de soja (-5,0%), principal grão produzido e exportado pelo País, “foram impactados negativamente pela valorização cambial, pelos baixos preços internacionais e pela ferrugem asiática, fungo que continua reduzindo a produtividade e provocando prejuízo aos produtores”. Os derivados de milho (-3,7%), insumo básico na preparação de rações para o consumo de aves, foram influenciados negativamente pela menor demanda da avicultura.

No caso dos produtos industriais utilizados pela agricultura, houve recuou de 2,6% em 2006, sob impacto da retração em máquinas e equipamentos (-16,7%). O subsetor de máquinas e equipamentos, segundo o IBGE, “foi impactado por um conjunto de fatores negativos para o agronegócio brasileiro, tais como: valorização cambial, baixo preço internacional da soja, aumento dos custos, principalmente, devido à elevação do preço do aço, e endividamento dos agricultores”. Estes fatores, segundo o instituto, resultaram na diminuição da renda agrícola e do poder de compra dos agricultores, levando à redução do investimento em bens de capital agrícolas.

Os técnicos do IBGE destacam também que, em decorrência da valorização cambial, a queda nas exportações de máquinas e equipamentos agrícolas também contribuiu para a retração da produção. Conforme dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), citados na pesquisa, a quantidade exportada de tratores de rodas foi 31,0% menor e a de colheitadeiras recuou 37,8% na comparação entre os anos de 2006 e 2005.

http://www.estadao.com.br/agronegocios/noticias/2007/fev/08/96.htm

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