Mercado

Grupos alemães negociam compra de usinas brasileiras

Os grupos alemães Nordzucker e Sudzücker estão interessados em entrar no mercado brasileiro de açúcar e álcool.

A Südzucker informou, por meio de sua assessoria, que está em negociação para entrar no mercado brasileiro até o início do segundo semestre deste ano, de acordo com Rainer Dull, diretor de comunicação do grupo. Maior produtor individual de açúcar do mundo, o grupo Südzucker produz cerca de 4,7 milhões de toneladas de açúcar. A Nordzucker informou, por meio de sua assessoria, que está em negociação com a Copersucar no Brasil. A empresa não dá detalhes da negociação. A Copersucar nega.

Na publicação do “Relatório Reservado”, a Nordzucker estaria interessada em comprar 30% de participação da Copersucar.

Com os mais baixos custos de produção do mundo, as usinas de açúcar e álcool do Brasil deverão atrair capital estrangeiro. Em seminário organizado pela consultoria alemã F.O. Licht, Luis Fernando López, diretor da KPMG, disse que a expectativa é de que ocorram entre cinco e dez operações de aquisição neste ano no setor de açúcar e álcool. Em 2004, a KPMG registrou cinco casos de aquisição neste setor.

López disse que os investidores estrangeiros estão analisando oportunidades no Brasil. “Eles estão definindo qual a melhor estratégia de entrar no país, se por meio de aquisições ou na construção de usina nova”, afirmou o executivo, que participou ontem do seminário internacional de açúcar e álcool, organizado pela consultoria alemã F.O. Licht.

No Centro-Sul do país, há 40 projetos para a construção de usinas novas. Os preços altos da commodity, segundo López, não afugentam os investimentos. “Os grupos propensos a fazer aquisições tomam a decisão de investimento pensando no longo prazo, não na conjuntura de preços”.

Entre os potenciais investidores estrangeiros, López citou os europeus, asiáticos e até americanos. De acordo com ele, não há negociação em curso neste momento. O diretor da KPMG acredita que os grandes grupos do setor instalados no país também devem continuar expandindo seus negócios por meio de aquisições. No ano passado, o grupo Cosan e seu parceiro FBA foram os principais compradores.

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