Eduardo Farias, que comanda o Grupo Farias, vem investindo nos últimos anos na aquisição de usinas no Centro-Sul. Além de topografia e clima privilegiados para a produção canavieira, a região permite ao grupo reduzir as dificuldades relacionadas à sazonalidade do setor, cujas safras, no Nordeste e no Centro-Sul, são alternadas durante o ano. Os novos investimentos otimizaram a utilização dos recursos disponíveis e fortaleceram economicamente o grupo.
As investidas no Grupo Farias não devem parar por aqui. Na última quarta-feira, Eduardo Farias esteve em Ribeirão Preto, onde conversou com o governador do Acre, Jorge Viana, que visitou a região à procura de parceiros para colocar em funcionamento a destilaria Alcobrás, paralisada há 25 anos.
A preferência de Farias é por unidades de médio porte. “A economia de escala industrial não é como a economia de escala agroindustrial”, ensina o empresário, para quem uma unidade sucroalcooleira deve produzir entre 2 milhões e 3 milhões de toneladas de cana por safra, não mais do que isto.
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Destacam-se nas exportações as commodities de soja e açúcar, enquanto na importação o fertilizante lidera a movimentação.
“Não acredito no modelo de produção de cinco milhões, seis milhões de toneladas por ano, pois tem-se que buscar matéria-prima muito longe, e o transporte da cana, uma carga de baixa densidade, é muito caro”, explica Farias. Segundo ele, a distância máxima do canavial à usina não pode ultrapassar os 50 quilômetros, “desde que a distância média não passe de 25 quilômetros”, acredita.
Atento às evoluções dos mercados internacionais do açúcar e do álcool, o Grupo Farias investiu na gestão flexível de produção, podendo redirecionar a produção das usinas para o produto de maior rentabilidade e demanda.
O Grupo Farias também diversificou seus negócios nos últimos anos. Ele possuiu postos de combustível, concessionárias de veículos (duas Fiat e duas Ford), além de investimentos em pecuária (com fazendas nos Estados de Pernambuco e Paraíba), fruticultura (210 mil pés de coco no Rio Grande do Norte) e preservação ambiental. Neste segmento, o grupo preserva o maior remanescente de Mata Atlântica sobre dunas do País, a Mata Estrela, no Parque Florestal Senador Antônio Farias, com 1,8 mil hectares à beira-mar, no Estado do Rio Grande do Norte.
