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GE pretende levar a outros países térmica a etanol

Os testes da primeira usina termelétrica a etanol do mundo, feitos pela Petrobrás e pela General Eletric, mostraram que a mudança de combustível não reduziu a potência das turbinas da unidade e as emissões de dióxido de carbono ficaram abaixo das registradas pelo gás natural, além de ter havido um uso bem menor de água.

Funcionando há mais de 170 horas sem problemas e com meta de atingir mil horas de testes em operação comercial, a térmica da Petrobrás em Juiz de Fora (MG), antes a gás natural, e com capacidade instalada de 87 megawatts, poderá servir de modelo para clientes das duas empresas pelo mundo.

“A intenção é fazer o teste de mil horas e ter isso muito bem documentado, e a partir daí fazer esse projeto e replicar isso em outros lugares do mundo”, explicou o diretor de produtos da GE para a América Latina, John Ingham. “Em termos de resultado, os primeiros que a gente viu são bastante positivos. A máquina não perde potência e as emissões ficaram dentro do valor que a gente esperava, mas queremos operar bastante tempo para ver se não tem nenhum tipo de deterioração da máquina.”

A termelétrica, que será inaugurada oficialmente hoje, usa turbinas da GE derivadas das utilizadas no Boeing 747, que consumiam combustíveis líquidos antes de serem convertidas para gás natural. Ingham observou, porém, que o custo do álcool ainda é mais alto do que o do gás e o consumo da unidade é elevado. São 18 mil litros por uma hora de funcionamento.

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