Mercado

Gasolina pode subir mais que o previsto

O reajuste dos combustíveis pode acabar pesando mais do que o previsto no bolso do consumidor e, consequentemente, na inflação. Com o aumento de 4% no preço da gasolina nas refinarias, representantes do setor já dão como certo um repasse na bomba acima da faixa entre 2% e 2,5% projetada por economistas e pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. A justificativa é que distribuidoras e postos devem aproveitar o momento para elevar a margem de lucro.

“Com toda alta é a mesma coisa. O governo anuncia um aumento e, para amenizar a situação, diz que na bomba não vai chegar a esse porcentual. E com razão, porque o aumento é em cima do preço na refinaria. A incidência seria menor, sim. Mas a verdade é que os preços são livres, e todo mundo coloca o preço que quiser”, disse o presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), Paulo Miranda Soares.

Reajustes – Nos cálculos da equipe econômica da federação, o impacto real seria de 2,7% no preço pago pela distribuidora para adquirir a gasolina na refinaria (após impostos). A partir disso, a distribuidora é livre para reajustar seus preços e pode embutir um aumento na margem de lucro.

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