Mercado

Futuro do álcool hidratado está nos veículos flexíveis

A tecnologia dos veículos “flex fluel” garantirá ao álcool hidratado um futuro promissor, com a conquista de novo espaço no mercado interno e o resgate da confiança do consumidor. Esta é a expectativa do presidente da Unica (União da Agroindústria Canavieira de São Paulo), Eduardo Pereira de Carvalho, que vê nos bicombustíveis a chance de o setor ampliar as vendas de álcool no país. “Teremos grandes alegrias no mercado interno do álcool”, afirmou ontem, durante sua participação na Feicana (Feira de Negócios da Agroindústria Sucroalcooleira).

Os bicombustíveis permitem a utilização de gasolina e álcool em qualquer proporção, mas é considerado pelo setor sucroalcooleiro como um veículo a álcool. “Com os flexíveis, implantou-se definitivamente a volta do Programa do Álcool Hidratado”, disse o presidente da Unica.

Para convencer o consumidor a optar pelo álcool, continua, os produtores terão de garantir preços competitivos. “Nós entramos no regime de mercado, pela primeira vez o setor começa a entender que a preços altos, você vende pouco e a preços baixos, você vende muito”, disse.

Até o fim de 2004, a estimativa é de que sejam produzidos entre 270 mil e 300 mil veículos flexíveis no Brasil. Em dois anos, a produção deve atingir pelo menos 700 mil bicombustíveis, segundo estimativa da Unica. Se todos esses carros fossem abastecidos somente com álcool, seriam necessários 1,4 bilhão de litros para atender a demanda, diz Carvalho, levando em conta o consumo médio anual de 2 mil litros por carro.

Hoje, estão disponíveis no mercado nove modelos com a tecnologia “flex fluel” das montadoras Volkswagen, General Motors e Fiat, mas a Volks e a GM programam para ter 100% de sua produção destinada ao mercado interno com carros flexíveis.

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