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Fetag/AL fecha Conveção Coletiva 2008 dos canavieiros

A Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura de Alagoas (Fetag/AL) e o Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Alagoas (Sindaçúcar/AL) fecharam a Convenção Coletiva (CCT) 2008/2009 da categoria sucroalcooleira. Os assalariados e assalariadas do setor canavieiro conquistaram reajuste salarial de 7.5%. O aumento anual foi mais de 17% em relação ao salário mínimo.

O acordo foi fechado após seis rodadas de negociações. A reunião que encerrou esta Campanha Salarial foi realizada ontem (2), na sede do Sindaçúcar, em Maceió (AL). Com o novo acordo coletivo, o salário base dos trabalhadores e trabalhadoras rurais que sobrevivem do corte da cana passou de R$ 427 para R$ 459. Além disso, foi confirmado o pagamento de um piso de garantia extra no valor de R$ 12. O novo salário é retroativo a 1º novembro, data-base da categoria.

“Demorou, mas conseguimos fechar o acordo coletivo com os empregadores. As usinas já estão sendo notificadas a partir desta quarta-feira (3). Foi um acordo positivo. Ficamos com um salário superior ao praticado em vários estados da região Nordeste”, frisou o secretário de Organização e Formação Sindical da Fetag/AL, Antônio Torres.

O Acordo Coletivo deve ser assinado na próxima semana, na Delegacia Regional do Trabalho (DRT). “Como o processo de negociação estava em meio a um impasse, provocado pela hora in itinere [significa o pagamento do tempo gasto pelo empregado no deslocamento até o local de serviço]. Por causa disso, havia a ameaça de greve no campo. Mas, conseguimos encontrar uma solução”, acrescentou Antônio Torres.

A hora in itinere está prevista no Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado entre a Fetag/AL, Sindaçúcar/AL, Governo de Alagoas e Procuradoria Regional do Trabalho. A negociação da questão foi retirada da pauta da CCT e será negociada diretamente entre os sindicatos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais da região canavieira.

“Ficou determinado que os sindicatos resolverão essa questão com as usinas. Estamos estudando a possibilidade dos STTRs que atuam na mesma área de uma única usina unam forças para abrir o processo de negociação sobre a hora in itinere”, frisou o dirigente sindical.

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