Mercado

Fepaf e Embrapa firmam acordo de cooperação

Primeira ação, voltada para a transferência de tecnologia sobre cultivo de oleaginosas para pequenos produtores, já está sendo aplicada

A Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais (Fepaf) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) firmaram, em 23 dezembro de 2009, um acordo geral de cooperação voltado para o aprofundamento do conhecimento técnico-científico, no âmbito da agricultura, pecuária, silvicultura e áreas afins.

A cooperação compreende ainda atividades nas áreas de desenvolvimento institucional, monitoramento ambiental, informática, instrumentação agrícola, zoneamento agroecológico e tecnologia de alimentos.

Cada ação do acordo será executada a partir do desenvolvimento de projetos registrados no Sistema Embrapa de Gestão (SEG) e formalização de um plano de trabalho.

O acordo prevê cooperação através da utilização recíproca de infra-estruturas técnicas e administrativas, incluindo equipamentos, máquinas, implementos e insumos; parcerias para a obtenção de recursos financeiros e, principalmente definir, planejar, coordenar e executar estudos, levantamentos, pesquisas, planos e programas destinados ao desenvolvimento técnico-científico nas áreas de atuação.

Produção de oleaginosas

A primeira iniciativa derivada do acordo de cooperação reúne Fepaf, Embrapa Transferência de Tecnologia, Embrapa Agroenergia e Embrapa Informática Agropecuária em atividades de transferência de tecnologia sobre técnicas de cultivo de oleaginosas para a produção de biocombustíveis em áreas de reforma de canaviais.

As atividades acontecem no assentamento da Fazenda Monte Alegre, localizado nos municípios de Motuca, Araraquara e Matão, região central do estado de São Paulo, onde as unidades da Embrapa vão coordenar a introdução das culturas de soja, amendoim, girassol e crambe.

As culturas de soja, amendoim e girassol são d! e domínio da agricultura brasileira, porém a sua produção em sistema cooperativo na agricultura familiar e a integração desta classe agrícola com o setor energético é uma iniciativa inovadora.

O crambe, espécie promissora para produção de bioenergia e com maior tolerância à seca, selecionada pela Fundação Mato Grosso do Sul, precisa de avaliação e definição de parâmetros técnicos e agronômicos, papel que a Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp, câmpus de Botucatu, e Fepaf irão desempenhar. No assentamento serão avaliados também o balanço energético e a viabilidade técnico-econômica da produção.

Na avaliação do professor Iraê Amaral Guerrini, diretor-presidente da Fepaf, a participação da Fundação nesse projeto vai ao encontro dos compromissos da entidade de contribuir de forma efetiva para o desenvolvimento rural sustentável. “Estamos estabelecendo diversas parcerias com instituições públicas e privadas, no sentido de que esse projeto seja uma referência par! a outras localidades, podendo ser replicado em diferentes regiões do país”.

O assentamento da Fazenda Monte Alegre abriga 400 famílias de agricultores na e é um dos primeiros assentamentos da Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo – ITESP. “O cultivo de oleaginosas para produção de biocombustíveis deve aumentar a renda e a geração de empregos no meio rural, além de proporcionar a melhoria no sistema de produção das cultivares envolvidas no projeto” afirma Pedro Abel, pesquisador do Escritório de Negócios de Campinas da Embrapa Transferência de Tecnologia e coordenador do projeto.

A iniciativa tem o apoio da Prefeitura Municipal de Motuca e será financiada pelo governo federal a partir de emendas parlamentares. As informações são de assessoria de imprensa.

Banner Revistas Mobile