Desde quarta-feira, as feiras Fenasucro & Agrocana – XX Feira Internacional da Indústria sucroalcooleira e X Feira de Negócios e Tecnologia da Agricultura da Cana-de-Açúcar, estão debatendo em Sertãozinho, interior de São Paulo, a posição do Brasil como importante player do setor sucroenergético.
A discussão que mobiliza governo, entidades de classe, lideranças e toda a cadeia produtiva aborda como fomentar o futuro e garantir que o País amplie sua capacidade de produção.
As feiras terminam hoje. De acordo com as informações dos organizadores, para garantir o aumento da produção de etanol, cuja demanda deve saltar dos atuais 27 para 73 bilhões de litros em 2020, incluindo 6,8 bilhões de litros para exportação, as empresas têm que investir em inovação e soluções tecnológicas capazes de gerar ganho de eficiência.
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Estudos da Datagro, maior banco de dados mundial do setor sucroenergético e de biocombustíveis, indicam que o consumo de açúcar também deve aumentar em 28 milhões de toneladas nos próximos oito anos, o que vai demandar um aporte de R$ 150 bilhões para ampliar a capacidade de produção das cerca de 450 usinas hoje existentes no País.
Para o especialista no setor, José Paulo Stupiello, a solução para atender a demanda é aumentar a produção nos pátios industriais já existentes.
“Não haverá mais a formação de muitas novas usinas, pois já não existem áreas que propiciem boa produtividade para expansão do plantio. Daí a importância da tecnologia para aumentar a produtividade das indústrias já existentes.”
Stupiello é professor aposentado da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), e atual presidente da Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil (STAB).
Ele explica que nesse cenário, Fenasucro & Agrocana têm papel decisivo, pois representam o completo ambiente para que toda a cadeia produtiva do açúcar e álcool busque soluções para suportar o crescimento de demanda nos próximos anos.
