Mercado

Exportações do Estado se recuperam

As empresas pernambucanas de metalmecânica e do setor petroquímico registraram uma recuperação expressiva até o mês passado, quando se compara aos resultados do mesmo período de 2009. Os dados da balança comercial de Pernambuco, divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, mostram um crescimento de 53% nas exportações estaduais. Além da força da tradicional indústria sucroalcooleira, se destacaram os expressivos crescimentos de empresas como a Moura, fabricante de baterias em Belo Jardim, a Lanxess, produtora de borracha no Cabo de Santo Agostinho, e a Alcoa, metalúrgica em Itapissuma. Essas companhias sofreram o impacto da crise, no ano passado, e até demitiram funcionários, na época.

O topo da lista de produtos exportados a partir de Pernambuco é dominado por dois itens, o açúcar bruto e o refinado. Combinados, eles tiveram um peso de 51% nas vendas do Estado no mercado internacional. O açúcar bruto subiu 172%, para US$ 161 milhões, e o refinado, 13%, para US$ 99 milhões.

Na terceira colocação vem o tereftalato de polietileno, que, apesar do nome complicado, é conhecido como resina PET e usado pela indústria têxtil e na fabricação das garrafas plásticas de refrigerante. O PET é produzido pela italiana Mossi & Ghisolfi (M&G), no Complexo Industrial Portuário de Suape, e sua exportação cresceu 45%, para US$ 51 milhões.

A M&G, sozinha, pesa 10,96% nas exportações do Estado. Mas, quando se observa apenas as companhias, não os setores, a italiana é líder disparada nas vendas internacionais a partir de Pernambuco. Quatro companhias de açúcar vêm na sequência, para logo em seguida aparecer a Lanxess, com uma alta de 230% – alta forte porque o ano passado foi ruim. A empresa bateu US$ 24 milhões.

Também em contraponto a um início de 2009 ruim, a Moura teve uma alta de 31%, para US$ 12 milhões. A Alcoa subiu 85%.

No total, Pernambuco já exportou este ano US$ 474 milhões.

IMPORTAÇÕES

Do outro lado da balança comercial, o das compras do exterior, o crescimento está em 75%. Novamente, a Mossi & Ghisolfi, devido ao gigantismo de seus números, entra para distorcer os resultados. Nas importações ela representa 18% do Estado, com um acumulado de US$ 200 milhões até maio. Ela é seguida pela Petrobras e pelo Estaleiro Atlântico Sul.

A M&G compra fora do Brasil, em outra empresa do grupo, localizada no México, o ácido tereftálico purificado (PTA), que serve como base para fabricar em Pernambuco a resina PET.

Na lista de importados, além de produtos petroquímicos e siderúrgicos, destaque para a compra de matéria-prima para as indústrias de alimentos e bebidas. O trigo subiu 13% e o malte, que entra na produção da cerveja, avançou 48%.

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