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Explosão leva 1 para UTI

Ferido mais grave está na UTI do Pronto-socorro. Bombeiros tiveram que quebrar parede para conter chamas STEFFANIE SCHMIDT

Especial para o Diário

Uma explosão em um contêiner da empresa Cooperbio – Cooperativa de Biocombustível, localizada no Distrito Industrial de Cuiabá, deixou três funcionários feridos, um deles em estado grave, na tarde de ontem.

O ajudante de produção Valdir Dias Alves, 33, teve o corpo todo queimado pela substância, em alta temperatura, presente no contêiner. Ele foi encaminhado para o Pronto-socorro Municipal de Cuiabá e se encontra na UTI desde o início da noite de ontem.

De acordo com funcionários da empresa que prestavam assistência às famílias das vítimas, parte da pele dos braços e da virilha de Valdir teve de ser cortada para que o tecido ! celular pudesse respirar melhor.

Além disso, segundo funcionários da Cooperbio, o ajudante de produção apresentou queimaduras na boca, e o pulmão provavelmente foi comprometido. Os médicos ainda não souberam avaliar o quanto.

O supervisor de mecânica, Paulo Roberto Borges Rodrigues, 45, também foi encaminhado ao Pronto-socorro, mas teve apenas suspeita de infecção por conta da alta quantidade de material tóxico que inalou na explosão. Até o fechamento desta edição a informação dos médicos era de que ele passava bem.

O contêiner continha uma substância catalisadora à base de hidróxido de sódio, também conhecido como soda cáustica; amônia e metanol, substância alcoólica e inflamável. As informações são do segundo tenente dos Bombeiros Weber Domingos Batista Júnior, responsável pela ocorrência.

“A explosão provavelmente ocorreu em função de um curto-circuito na parte elétrica desse equipamento”, explicou o tenente.

O supervisor de manutenção, Hugo Cés! ar Silva, estava no galpão de fabricação de catalisadores junto de outros 20 funcionários no momento da explosão. Teve apenas tontura com a inalação do material tóxico. “Na hora em que explodiu, correu todo mundo. A gente é treinado para o perigo, por isso, não tive tanto medo”, disse. Na pressa, ele não viu a situação do colega, que estava junto ao contêiner.

De acordo com o tenente Weber, o equipamento ficou em chamas. “Tivemos de quebrar a parede para melhor controlar o fogo”. A primeira equipe de controle de incêndio chegou ao local com menos de 20 minutos. Entretanto, foram necessários outros quatro carros para controlar as chamas. “Não utilizamos o caminhão de reservatório de água porque eles tinham reservatório próprio”. Hugo confirmou que os equipamentos de primeiros socorros, disponibilizados pela empresa, foram prontamente utilizados.

O projeto de prevenção e combate a incêndio da empresa estava em dia, segundo averiguação do Corpo de Bombeiros. “A máqui! na catalisadora foi comprada de terceiros e a manutenção também era feita por eles. Nós não tínhamos acesso ao funcionamento interno dela”, explicou Hugo Silva.

Hoje a perícia técnica da Polícia Civil e a Defesa Civil deverão comparecer ao local para levantar informações sobre as causas do acidente e orientar sobre a finalidade do líquido tóxico, presente no local.

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