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Etanol de milho norte americano busca certificação no RenovaBio

Embrapa integra comitiva em missão técnica aos EUA para certificação do etanol americano

(Foto: Arquivo)
(Foto: Arquivo)

Os pesquisadores Marcelo Morandi e Marília Folegatti, da Embrapa Meio Ambiente, representaram a empresa na missão técnica da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP, com o governo norte-americano e representantes da cadeia de produção de etanol, ocorrida de 7 a 16 de setembro. A missão também contou com representante do Ministério de Minas e Energia (MME).

O objetivo da missão foi o entender o funcionamento da cadeia de produção do etanol nos Estados Unidos, com vistas à certificação desse produto no RenovaBio.

As discussões buscaram compreender a cadeia de produção do etanol de milho americano exportado para o Brasil, bem como a sua possibilidade do cumprimento da regulamentação para acesso a créditos de descarbonização do RenovaBio.

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Foram levantadas informações sobre critérios de elegibilidade (rastreabilidade da biomassa geradora do biocombustível e o cumprimento da legislação ambiental referente, principalmente, a não supressão de vegetação nativa e também, o acesso aos dados dos sistemas de produção de biomassa (fase agrícola) e na fase indústria de produção de etanol, assim como os controles de exportação para o Brasil.

Segundo Morandi, os encontros foram muito proveitosos para entendimento de como se organizam as cadeias produtivas e as regulações ambientais e produtivas. “Há empresas americanas iniciando processos de certificação para adesão ao Programa e acesso a créditos de descarbonização (CBIO), aumentando a oferta destes ativos para cumprimento das metas previstas no RenovaBio. Assim, o objetivo central das reuniões foi discutir a rota do etanol de milho americano, já presente na estrutura do programa RenovaBio e na RenovaCalc”, reforça.

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Foram buscadas equivalências legais e documentais, para garantir a verificação do cumprimento da regulamentação do RenovaBio, mantendo o tratamento isonômico entre produtores de biocombustíveis americanos e brasileiros.

Segundo Marília Folegatti, “todos os pontos de dúvida do GT RenovaBio foram esclarecidos. Por outro lado, várias demandas do setor produtivo americano, apresentadas formalmente a esse Grupo de Trabalho foram atendidas. Essas demandas incluíam a revisão dos perfis de produção típico e padrão do milho americano, na RenovaCalc, para melhor representação daquela realidade. Também essa demanda foi atendida a contento das partes” disse.

A ANP agora prepara as ações para viabilizar o processo de certificação para importadores de biocombustíveis e, para esse propósito, a visita serviu para agregar conhecimento técnico mais aprofundado sobre a realidade da produção norte-americana de etanol.

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