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Etanol brasileiro integra projeto global da Shell, diz executivo

O etanol brasileiro, incluindo a produção do combustível de primeira ou segunda gerações no País, integra o projeto global de biocombustíveis da Shell, ratificou nesta quarta-feira, 2, o vice-presidente do Mercado Comercial de Combustíveis para a América Latina da Shell, Guilherme Perdigão, em entrevista à Agência Estado. No entanto, Perdigão, que participou em Ribeirão Preto (SP) de um evento sobre cenários da companhia para produção e consumo de energia, destinado a executivos de usinas sucroalcooleiras, preferiu desconversar sobre possíveis projetos da Shell de produzir no País.

“A Shell tomou a decisão de participar do negócio de biocombustíveis, é uma decisão estratégica e o Brasil, em função da importância do etanol, faz parte do interesse. Mas hoje não há projetos que eu possa comentar, estamos abertos a avaliar alternativas, temos interesse”, disse Perdigão.

O executivo evitou fazer uma avaliação aprofundada sobre o cenário de exploração de petróleo na camada pré-sal, apesar de a companhia ter três blocos exploratórios já conquistados na primeira etapa de licitação. Entretanto, durante a palestra, Perdigão, ao ser indagado sobre as perspectivas de extração do primeiro óleo pela companhia, estimou um prazo em dez anos.

“Não posso afirmar especificamente, mas um projeto de petróleo demora de 10 a 15 anos, como ocorreu no caso da extração no Parque das Conchas, que não está no pré-sal, e onde a Shell extraiu o primeiro óleo na semana passada”, afirmou Perdigão, que não comentou o novo marco regulatório do pré-sal anunciado segunda-feira.

Em sua palestra, o executivo apresentou uma perspectiva otimista que aponta a redução do consumo de energia por meio da sua utilização mais sustentável até 2050, cenário que seria ajudado, por exemplo, por iniciativas de captura e redução de gás carbônico. “Há várias evidências de que o mundo está mudando e a questão é quão rápida essa mudança será”, concluiu.

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