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Esmagamento de cana ganha ritmo e preço do açúcar cai

O avanço do processamento de cana no Brasil pesou ontem nas cotações do açúcar na Bolsa de Nova York. A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) informou que, com clima mais favorável à colheita em agosto, as usinas do Brasil devem retomar o ritmo de processamento utilizando quase toda a sua capacidade. O País é o maior produtor mundial de açúcar. Com isso, a oferta da commodity está aumentando e investidores voltaram a esperar um excedente no fim do ano. Ontem, os contratos do produto para entrega em outubro fecharam em baixa de 1,88%, a 21,42 centavos de dólar por libra-peso.

Segundo analistas, os preços devem continuar caindo enquanto o clima permanecer favorável à colheita de cana e aos embarques de açúcar no Brasil. Nesse cenário, o analista John Rich, da corretora Sarasota Futures, afirmou à agência Dow Jones que as cotações devem recuar para 20 ou 18 cents/lb no curto prazo. Outro motivo para a queda dos preços é o aumento das exportações da Índia, segundo maior produtor mundial. Um terceiro fator é o andamento da colheita na Austrália.

Na Bolsa de Chicago, os preços dos grãos também caíram, com previsão de chuvas e queda de temperaturas nos Estados Unidos. Acredita-se que, com a melhora do clima, após um longo período de estiagem, as lavouras de soja possam se recuperar. A possibilidade de oferta maior fez a oleaginosa cair 1,17%. No caso do milho, a demanda parece ceder por causa dos preços elevados. Ontem, o cereal recuou 0,56%.

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