Mercado

Em períodos de turbulência as oportunidades se abrem

“A maior parte dos administradores busca oportunidades de ouro durante a bonança. É um erro. As melhores surgem nas vacas magras”. Essa é a afirmação do professor Donald Sull, da London Business School, e que até pode soar como um slogan motivacional e mais um clichê diante da crise econômica mundial. Porém, reflete a realidade do mercado, principalmente do setor sucro alcooleiro. Outra assertiva é que as crises permitem mudar o status quo das empresas. É preciso mudar os paradigmas para gerar valor a longo prazo, consolidar, tornar-se atrativo para o mercado e conquistar maior confiança dos fornecedores e clientes.

A mudança de paradigma e cultura iniciam-se na vontade do administrador e de seus sócios e servirá de base para a construção de uma organização sólida, que construirá um ambiente de prevenção e solução de conflitos sociais e familiares, além de permitir a otimização da produção. Tudo isto pode parecer extremante complexo, porém pode ser iniciado com medidas simples com o auxílio de pessoas capacitadas.

A organização societária da empresa, sem dúvida, traz implicações diretas nas questões tributárias, societárias e de governança corporativa e devem ser alvo de preocupação dos empresários. O planejamento das operações e das atividades desenvolvidas traz benefícios em todas as searas, já que permite a redução dos custos operacionais e fiscais bem como a profissionalização da gestão, além de potencializar ganhos com a estruturação jurídica e financeira de ativos ambientais.

A elevada carga tributária pode ser reduzida na medida em que se inicia um planejamento tributário e revisão fiscal, podendo segregar operações; o que, em uma primeira impressão pode gerar estranheza, mas impacta diretamente no custo de produção e administração.

Ademais, a revisão da organização societária, aliada ao planejamento tributário, torna-se fundamental e essencial na continuidade das empresas do setor, na medida em que resulta na redução de conflitos entre os sócios, através de um planejamento sucessório e de mecanismos legais, já consolidados pela Legislação e Jurisprudência nacionais, que visam à proteção dos interesses dos sócios e fundadores da empresa.

A aplicação de referidas medidas demonstra na prática que o planejamento constitui um dos principais veículos para aplicação de regras de governança com profissionalização da administração para redução dos riscos operacionais tanto para a empresa, quanto para seus gestores e sócios.

A motivação, no entanto, conforme afirma o professor Donald Sull vem em momentos de crise, quando, sairá na frente a empresa que estiver mais preparada para enfrentar as mudanças e exigências do setor, passando invariavelmente pela mudança de cultura interna organizacional e operacional da empresa, preparada para crescimento e solidificação.

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