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Em 13 anos, setor cresceu apenas em quantidade

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Da safra 2000/01 até a 2013/14 o setor sucroenergético nacional cresceu somente em volume, mas não em qualidade da matéria-prima, segundo estudo realizado por Jair Pires, diretor executivo da MBF Agribusiness.

O diretor revela que o cultivo da cana, que ocupava uma área de 3,8 milhões de hectares na safra 2000/01, passou para 8,7 milhões em 2013, principalmente com o crescimento agressivo do plantio de cana no Centro-Sul do Brasil. “O Centro-Oeste praticamente triplicou sua área de cana nos últimos oito anos. Em números, houve um aumento de 204%. O Sudeste também evoluiu significativamente, porém, o percentual se limitou a 44%, embora esse aumento seja equivalente a toda a área do Centro-Oeste”, lembra Pires.

Segundo o especialista, com o aumento das áreas de cana no Centro-sul, ocorreu uma elevação no rendimento agrícola no país. “Essa elevação é natural face aos melhores rendimentos justamente nas áreas com maior expansão (Centro-Sul) e não em razão da melhora na qualidade da cana, uma vez que a região Norte-Nordeste reduziu a participação no volume total e teve um pequeno aumento na produtividade ao longo dos anos. Para se ter uma ideia, em 2005 a produção Norte-Nordeste representava 13,3% da produção nacional e projeta uma participação de 8,8% em 2013”.

O volume total de produção de cana do Brasil estimado pela Conab para temporada 2013/14 é de 652 milhões de toneladas, aumento de 155% em relação à safra 2000/2001. “Esse volume está sendo revisto e é provável que seja menor, e que parte do canavial de 2013 seja bisado”, diz.

Pires explica que os dados divulgados demonstram que a cana não tem apresentado rendimentos e qualidade importantes, apesar dos esforços dos pesquisadores. “Quando se espera uma produção média acima de 80 toneladas/hectare e um rendimento em torno de 2,7 sacas de açúcar por tonelada de cana, o que se verifica é que a média geral fica em torno de 74 toneladas e um rendimento de 2,5 sacas por tonelada de cana, culminando com uma produção de 9,4 toneladas de açúcar por hectare, quando se espera resultados acima de 10,5 tonelada”, enfatiza.

Confira matéria completa na edição 242 do JornalCana.

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