Mercado

Efeitos da fórmula suíça

Uma eventual redução tarifária pela fórmula suíça (Suíça-15) – sem levar em conta eventuais valorizações ou desvalorizações cambiais, bem como variações da renda doméstica – provocaria um aumento das importações brasileiras de bens não-agrícolas entre 2% e 3,6% sobre a média do triênio 2002 a 2004. O cálculo foi feito por economistas do Ipea para medir os efeitos na economia brasileira da aplicação dessa fórmula, caso fosse a escolhida na reunião da Rodada de Doha em Hong Kong.

O setor de veículos automotores, tratores, ciclos e outros veículos terrestres, suas partes e acessórios é o que teria o aumento mais expressivo nas importações (15%). Em outros nove setores a elevação seria de cerca de 12%.

A fórmula suíça prevê a redução das tarifas consolidadas pelo Brasil na OMC de uma média de 29,87% para 9,79%. Essa redução nas tarifas consolidadas implicaria redução menor, de 10,77% para 7,39%.

Fonte no Itamaraty argumenta que o espaço para se obter o máximo dos interesses ofensivos brasileiros na Rodada Doha, dando o mínimo em troca, depende da evolução das negociações. “Mas não está claro o que vamos obter em agricultura, que é o motor da rodada. Além disso, falta ao Brasil uma definição de critérios para estabelecer quais serão os bens sensíveis que poderão ficar fora do corte da fórmula.”

Banner Revistas Mobile