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Economia: paises do bric tem mais chance de serem potencias globais

Os países emergentes que formam o chamado Bric – grupo formado por Brasil, Rússia, India e China – são os que apresentam as maiores chances de se tornarem potências globais. A avaliação foi feita ontem (18), no Rio de Janeiro, pelo ex-ministro do Planejamento João Paulo dos Reis Velloso, ao abrir o 21o Fórum Nacional, promovido pelo Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae), do qual Velloso é superintendente-geral.

“Principalmente, se atuarem [os países do Bric] como grupo, no meio da crise e no futuro”, disse.

Ele lembrou que o Brasil já se mobilizou no passado para transformar a crise externa em oportunidades. Isso ocorreu, de acordo com Reis Velloso, na crise dos anos 30, considerada a época da Grande Depressão, e na primeira crise do petróleo. O ex-ministro disse que a estratégia para transformar a atual crise externa em oportunidade se baseia na atuação em duas frentes. Uma delas requer ações imediatas e de superação de obstáculos, que, ao mesmo tempo, garantam o crédito interno e externo ao setor produtivo e preservem a renda e o emprego de setores econômicos essenciais.

Segundo ele, é preciso também superar a vulnerabilidade externa, conter gastos de custeio nos três poderes, de modo a liberar recursos para os investimentos público e privado.

Entre as principais oportunidades a serem aproveitadas, Reis Velloso citou o pré-sal, visando à criação de um grande complexo industrial; a colocação do Brasil na liderança competitiva de setores intensivos em recursos naturais, com a criação de produtos diferenciados; o desenvolvimento de pesquisas e avanços na matriz energética.

O carro elétrico poderia ser um desses avanços, segundo Velloso. “O Brasil deveria continuar investindo na área de biocombustíveis e também em tecnologia da informação e comunicação (TIC), desenvolvendo a biotecnologia à base da biodiversidade, em especial na Amazônia, conforme as sugestões do ex-ministro.

Na área social, ele destacou a existência de oportunidades importantes, a partir da integração das favelas às cidades, entre outras ações. Reis Velloso afirmou, porém, que, para tirar proveito das oportunidades, é necessário utilizar instrumentos da economia do conhecimento, chamada de economia criativa.

“Isso inclui investimentos em ciência e tecnologia, em bens intangíveis, na engenharia de produtos e processos e nos recursos humanos qualificados. O ex-ministro enfatizou que a União não deve se limitar a definir medidas. É importante a ação de acompanhamento e controle da execução pelo Estado”, propôs. Com informações da Agência Brasil. AB)

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