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EBITDA da São Martinho cresce 24,1%. Saiba os motivos

Processo de produção de álcool – Destilaria
Processo de produção de álcool – Destilaria

No segundo trimestre da safra 2015/16, a companhia sucroenergética São Martinho S.A. (BM&FBovespa: SMTO3; Reuters SMTO3.SA e Bloomberg SMTO3 BZ) somou R$ 318,9 milhões no EBITDA ajustado (margem EBITDA ajustada de 46,7%), representando um crescimento de 24,1% em relação ao mesmo período (segundo trimestre da safra 2014/15).

Confira a seguir os detalhes do balanço do segundo trimestre da safra em andamento da companhia de cana-de-açúcar. 

O avanço do EBITDA é explicado pela combinação de: 

i) maior volume de vendas de anidro, e

ii) maior preço de comercialização de açúcar no período, contribuíram para a melhora do indicador neste trimestre;

EBIT

O EBIT do 2T16 totalizou R$ 112,6 milhões (margem EBIT de 16,5%), apresentando queda de 12,3% em relação ao 2T15.

A queda do EBIT refere-se exclusivamente ao aumento das despesas com depreciação (+ R$ 40 milhões) no 2T16, resultado da marcação a mercado do produto agrícola.

No encerramento do exercício, com a venda dos estoques, tal efeito será revertido e o volume de depreciação ficará mais próximo do volume de capex recorrente da Companhia. Ao desconsiderarmos esse efeito, o EBIT do trimestre somou R$ 153,1 milhões (margem EBIT de 22,4%), 17,2% superior ao 2T15;

Lucro líquido 

O lucro líquido do 2T16 totalizou R$ 21,0 milhões, redução de 81,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. A queda do lucro está relacionada principalmente ao aumento das despesas financeiras – resultado da desvalorização do Real no período, além do aumento da dívida liquida na comparação do 2T15 x 2T16.

Adicionalmente, no exercício anterior, a companhia sucroenergética registrou um ganho não recorrente de R$ 79,8 milhões, resultado da venda da participação na Agropecuária Boa Vista, prejudicando a comparabilidade;

Fixações de preços

Em 30/09/2015, as fixações de preços de açúcar para a safra 15/16 totalizavam 695,6 mil toneladas ao preço médio de USD 15,61 cents/pound.

Tal quantidade representa 97% da exposição líquida da companhia (total de vendas de açúcar até o final da safra excluindo o hedge natural com o Consecana). Além das fixações do açúcar, a companhia possuía NDF´s de dólar vendido no montante de USD 194,0 milhões (equivalente a 81% do volume fixado de açúcar), com preços médios da paridade R$/US$ de 3,15;

No 2T16, a São Martinho iniciou as fixações de preços de açúcar para safra 16/17 – 340,5 mil toneladas de açúcar fixadas a USD 13,52 cents/pound. Tal volume representa aproximadamente 25% do volume máximo de produção de açúcar do grupo.

Na mesma data, possuía USD 10 milhões de NDF´s, representando apenas 10% do volume equivalente de açúcar fixado;

Rating

Em 09 de outubro de 2015, a agência de ratings Standard and Poor´s reafirmou o rating corporativo do Grupo São Martinho em BB+ escala global, com outlook estável;

2003-08-29 Usina Sao Martinho Destilaria

Moagem

A moagem de cana de açúcar do Grupo São Martinho totalizou 15,0 milhões de toneladas até setembro/2015 – representando 77,1% do guidance operacional da safra 15/16. Considerando as condições climáticas atuais, a companhia reforça o guidance de produção anunciado anteriormente.

Nos primeiros seis meses da safra 15/16, o Grupo São Martinho processou 15,0 milhões de toneladas – representando 77% do guidance previsto de produção nesta safra – e em linha com o volume processado na safra anterior.

Como consequência do elevado volume de chuvas que ocorreu no início dessa safra, o ATR médio no 6M16 totalizou 130,1 (kg/ton), 7,8% inferior em relação ao 6M15, refletindo, portanto, a redução de 8,5% no total de ATR produzido nos primeiros seis meses da safra.

A piora do ATR já havia sido considerada no guidance enviado no inicio da safra anunciado em junho 2015, e que será compensado com maior volume de moagem de cana.

Receita

No segundo trimestre da safra 15/16 (2T16), a receita líquida da Companhia totalizou R$ 683,6 milhões, representando um aumento de 29,9% em relação ao mesmo período da safra anterior.

Esse aumento ocorreu principalmente pelo crescimento no volume de vendas de etanol anidro (+139,2%) e aumento no preço de açúcar (+19,5%).

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