Dornelles diz que pré-sal não tomou lugar do etanol

“O sapateiro precisa produzir um sapato adequado para cada pé”. Foi desta maneira que o diretor do departamento de Combustíveis Renováveis, Ministério de Minas e Energia, Ricardo Dornelles, definiu o trabalho realizado pelo governo em prol o setor sucroenergético.

Segundo Dornelles, as lamentações de que o setor foi deixado de lado por conta do pré-sal são infundadas, já que o trabalho vem sendo feito de acordo com o possível. “O governo precisa encontrar o equilíbrio para a situação que existe hoje. O pré-sal não fez com que o etanol fosse deixado em segundo plano, mas é uma riqueza que precisa ser acompanhada também. Então, é necessário viabilizar maneiras de dar atenção para os dois segmentos”, explicou.

Sobre a indagação de que o governo é lento ao promover medidas de incentivo, como o ProRenova, que ainda não engrenou, Dornelles defendeu o trabalho realizado e afirmou que não é possível agradar a todos. “É preciso entender que o tempo do setor privado é diferente do tempo do governo. Não adianta chegar com um pedido hoje querendo que ele seja atendido amanhã. Infelizmente, as coisas não acontecem desta maneira. Hoje, trabalhamos em diversas frentes tentando melhorar o setor de modo geral, mas não temos como atender a todos de uma só vez”, finalizou.