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Disparada de lucros no 4º TRI não impedem queda de ações da Raízen na B3

Lucro ajustado da Raízen dispara a R$2,52 bi no 4º tri da safra 2022/23

Disparada de lucros no 4º TRI não impedem queda de ações da Raízen na B3

O Relatório de Resultados do 4º Trimestre do ano safra-2022/23, divulgado na sexta-feira (12), a Raízen mostra que registrou lucro líquido de R$ 2,66 bilhões, resultado cerca de doze vezes superior ao lucro obtido no mesmo período do ano anterior, de R$ 315,8 milhões.

A companhia somou receitas de R$ 54,9 bilhões entre janeiro e março, crescimento de 2,8% sobre o mesmo período de 2022.

O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 6,83 bilhões no quarto trimestre fiscal, ante R$ 2,69 bilhões há um ano. Em termos ajustados, ficou em R$ 5,91 bilhões no período.

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Na unidade de renováveis e açúcar, a Raízen registrou receitas de R$ 12,5 bilhões no quarto trimestre fiscal, alta de 9,5% na comparação anual. Na unidade de combustíveis, as receitas da companhia foram de R$ 43,5 bilhões no quarto trimestre fiscal, uma queda de 5,7% em um ano. Apesar da alta de quase 2% nos volumes, as margens acabaram sendo afetadas.

Segundo a companhia, o clima mais seco dos últimos dois anos resultou na menor disponibilidade de cana neste ano (volume de moagem ante uma projeção inicial de 80 milhões de toneladas).

Como consequência, a produtividade agrícola foi inferior à da safra passada, gerando uma queda na disponibilidade de produto. “Além da condição climática adversa, intensificamos a renovação do canavial nesta safra, reduzindo a área de colheita, em meio à jornada para recuperação da produtividade agrícola”, apontou o relatório.

A dívida líquida encerrou o trimestre a R$ 20,36 bilhões, em função da geração de caixa primária, compensada pelo crescimento do capex (+47% na comparação anual) e aquisições, além de outros efeitos líquidos.

“O guidance dos resultados consolidados para este ano-safra, com o compromisso de avançarmos ainda mais em nossas entregas…Nossa planta de E2G bateu todos os recordes de produção e avançamos na formação de um backlog de volumes comercializados para grandes parceiros em contratos de longo prazo. Aceleramos a construção de novas plantas e já contamos com 5 sendo construídas simultaneamente”, afirmou o CEO da companhia, Ricardo Mussa.

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Apesar da disparada nos lucros, as ações da Raízen sofreram uma queda na sessão desta segunda-feira (15), na B3. Por volta de 11h25 (horário de Brasília), os papéis da companhia caíam 6,99%, aos R$ 3.

Na avaliação dos analistas, o que pesou para a queda nas ações foram as projeções da companhia. A Raízen projeta redução de até 11,7% no Ebitda ajustado no ano-safra 2023/24, que irá de abril deste ano a março do ano que vem.

De acordo com as projeções da empresa, nos próximos 12 meses, o Ebitda ajustado ficará entre R$ 13,5 bilhões e R$ 14,5 bilhões. Considerando-se os R$ 15,285 bilhões que reportou no exercício fiscal encerrado, haveria uma retração de 5,14% a 11,7%.

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