Mercado

Diretor do CBIE critica intervenção do governo no mercado

O governo deveria priorizar a formação de estoque regulador do produto para atender o mercado em momentos da entressafra, nos meses de janeiro e fevereiro, em vez de intervir no mercado para reduzir o preço do álcool. A avaliação é do diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), Adriano Pires. Na opinião dele, o cumprimento do acordo feito entre produtores de álcool e o governo para a redução de R$ 1,08 para R$ 1,05 do álcool anidro e para R$ 0,95 do hidratado, no período da entressafra, pode não acontecer. O governo prometeu, em troca, estudar justamente um programa de estocagem do produto para evitar flutuações de preço no futuro.

“No Brasil, sempre que o governo intervém por meio do congelamento do preço de uma mercadoria, ou o produto some da prateleira ou ocorre o aumento de preço”, avisa o diretor do CBIE, que faz consultoria para as indústrias do setor energético. Segundo ele, esse ano o preço do produto subiu mais porque houve a retomada da venda do álcool com o aumento da produção do carro bicombustível e o incremento das exportações por causa do interesse de outros países, como o Japão. Também teve impacto na alta de preço a decisão do governo de adicionar corante ao álcool anidro para evitar a adulteração do produto. Pires aconselhou ainda o consumidor que tenha carro bicombustível a optar, neste momento, pela gasolina.

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