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Diretor de indústria apresenta investimentos ao governador

A Usinas Itamarati S/A, indústria de produção de álcool e açúcar, com sede em Nova Olímpia (207 km ao médio-norte da Capital), irá investir R$ 350 milhões nos próximos quatro anos, na parte da produção de cana-de-açúcar e logística, como parte do plano de recuperação da empresa. Os investimentos e o projeto de recuperação da indústria foram apresentados pelo diretor presidente da empresa, Sylvio Nóbrega Coutinho, ao governador Blairo Maggi, nesta quarta-feira (20), durante reunião no Palácio Paiaguás.

A indústria emprega quatro mil pessoas na região médio-norte e gera em torno de outros oito mil empregos indiretos. A Usinas Itamarati se destaca no Estado com uma produção de 6,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar moída nesta safra 2004/2005. “Isto representa mais da metade de toda cana-de-açúcar moída no Estado”, informou o secretário adjunto de gestão da secretaria de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), Márcio Luiz de Mesquita, que acompanhou o presidente da indústria na reunião.

O secretário adjunto da Sicme ressaltou que a recuperação da indústria é importante para o Estado, já que a atividade influencia diretamente na economia dos Municípios onde empresa atua. “Tem toda uma cadeia produtiva envolvida na atividade. Tem o canavial que vende matéria-prima para a Usina, a empresa de agropecuária que fornece os insumos, a movimentação do comércio”, informou.

De acordo com o diretor presidente para a Safra 2005/2006 a estimativa é de uma produção que resulte na moagem de 5,1 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. “Essa redução é porque há dois anos a empresa não investia em canaviais, sem recursos e sem créditos. Isso fez com que a produtividade de nossos canaviais caísse de 68 toneladas por hectare de cana-de-açúcar, para 51 toneladas de cana por hectare para este ano”, explicou Sylvio Nóbrega, que assumiu a presidência da empresa há nove meses.

Dentro do plano de recuperação da empresa já serão investidos, na safra deste ano, R$ 77 milhões, incluindo abertura de 13 mil novos hectares e gastos com insumos, herbicidas, adubos e outros. “É uma usina nova e competitiva, com qualidade dos produtos reconhecida em todo Brasil e no exterior”, disse o presidente da indústria. Ele explicou que todo investimento será com recursos próprios da empresa, para a melhoria da competitividade. Em quatro anos os investimentos totalizarão R$ 350 milhões. “É esse investimento que vai garantir a sobrevivência da empresa. A Usinas Itamarati tem condições de ser a mais competitiva do Brasil”, afirmou.

Entre as vantagens da indústria estão as condições que Mato Grosso oferece. “É o que chamamos de ‘custo Mato Grosso’, energia e terras mais baratas do que em outros Estados, como da região Sudeste, o que supera os gastos dos empresários com a questão da logística”, informou o secretário adjunto de gestão da Sicme. De acordo com o secretário, o “custo Mato Grosso” é um indicador desenvolvido pela secretaria para mostrar aos empresários porque é mais viável investir no Estado.

O presidente da indústria informou que a qualificação profissional e educacional dos funcionários da empresa é uma das prioridades da gestão. “O governador Blairo Maggi colocou a unidade do Ceprotec (Centro Estadual de Educação Profissional e Tecnológica) de Tangará da Serra à disposição da empresa, para a capacitação de mão-de-obra”, informou o secretário adjunto da Sicme. “O governador tem uma visão muito moderna e empresarial”, disse o presidente da Usinas Itamarati, otimista de que a empresa tende a continuar se desenvolvendo. “E continuaremos contribuindo com o desenvolvimento do Estado no recolhimento de impostos e geração de emprego”, enfatizou.

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