Mercado

Diminui a rotatividade na indústria

A taxa de rotatividade da mão-de-obra na indústria tem caído sensivelmente nos últimos anos, segundo estudo recém-concluído pelo Iedi. O trabalho mostra que mesmo o aquecimento da indústria em 2004, ao contrário do esperado, não elevou a taxa de rotatividade, que é uma medida do fluxo de pessoas admitidas e desligadas no mercado de trabalho.

A taxa de rotatividade média mensal do ano passado no Brasil foi de 2,7%, a mais baixa dos últimos quatro anos. A média de 2001 a 2004 foi de 2,8%. Para o Iedi, uma possível causa para a queda pode ter sido a modernização de alguns setores.

As maiores taxas de rotatividade no período foram as das regiões Norte e Centro-Oeste, com médias mensais de 3,8%, e Sul, com 3,2%. Segundo o Iedi, no Norte e no Centro-Oeste, o que deve ter pesado foi o relativo atraso das duas regiões. Já no Sul, o resultado se deveu à agroindústria. A menor taxa, com 2,4%, ficou com o Sudeste, região mais desenvolvida e onde a agroindústria não tem tanto peso.

O Iedi chama a atenção para o desempenho do Nordeste, que diminuiu significativamente suas taxas de rotatividade nos últimos quatro anos. De uma média mensal de 3,1% em 2001, o índice caiu para 2,4% em 2004, abaixo até da média nacional. O Iedi atribui também à modernização da indústria o desempenho.

O estudo mostra que as maiores reduções das taxas de rotatividade, de 2001 a 2004, ocorreram nos setores têxtil, de coque, de refino de petróleo e de álcool. Também apresentaram diminuição, embora em menor intensidade, os de calçados e couro, papel e gráfica e produtos químicos. Para o instituto, esses movimentos podem sugerir que esses setores passaram por um processo de modernização tecnológica.

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