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DATAGRO prevê a produção de 600 milhões de toneladas de cana na safra 2022/23 no Brasil

Estimativas foram divulgadas durante o segundo e último dia da 22ª Conferência Internacional DATAGRO Sobre Açúcar e Etanol

DATAGRO prevê a produção de 600 milhões de toneladas de cana na safra 2022/23 no Brasil

A DATAGRO divulgou, nesta terça-feira (25), suas estimativas para a moagem de cana e produção de açúcar e etanol no Brasil nas safras 2022/23 e 2023/34. As projeções foram apresentadas durante o segundo e último dia da 22ª Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol, realizada em São Paulo -SP.

De acordo com a consultoria a moagem nacional deverá ser de 600 milhões de toneladas de cana na safra 2022/23, sendo 542 milhões de toneladas no Centro-Sul e 58 milhões de toneladas no Norte e Nordeste.

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“Apesar do La Niña ainda presente, em 2022 as chuvas foram em volumes maior e melhor distribuídas, com isso, o ART na cana se manteve em níveis elevados, apesar da maior precipitação”, disse Plínio Nastari, presidente da DATAGRO. Assim, o rendimento deverá chegar a 140,74 Kg ATR/ton a nível de Brasil. Para o Centro-Sul, 142,10 Kg ATR/ton e no Norte/Nordeste, 128,00 Kg ATR/ton.

No caso da produção de açúcar, estima-se 36,900 milhões de toneladas, sendo 33,250 milhões de toneladas no Centro-Sul e 3,650 milhões de toneladas no Norte e Nordeste.

Para etanol, a consultoria prevê 31,363 bilhões de litros, desse total, 29,271 bilhões de litros do Centro-Sul e 2,092 bilhões de litros do Norte e Nordeste.

Nastari lembrou que a safra no Centro-Sul começou com foco no etanol, mas a partir do meio da temporada, o mix reverteu para o açúcar.

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Diante desse cenário, o dilema dos produtores, agora, com a safra caminhando para o final, é sobre estender a moagem para não deixar cana em pé e ter o risco de pisoteio. “Diferente dos dois anos anteriores, deve haver novamente moagem no 1º trimestre de 2023”, avisou.

De acordo com o presidente da DATAGRO, ainda é cedo para marcar uma posição mais definida para a safra 2023/24, porém, há perspectivas de maior esmagamento de cana no Brasil, devido a melhores condições climáticas e investimentos em tratamento. Portanto, tudo indica que para 2023/24 devemos ter uma safra maior, entre 575 e 590 milhões, na região Centro-Sul.

“O canavial está se desenvolvendo bem para 2023/24, com cana planta e cana soca com evolução positiva em resposta às condições climáticas mais favoráveis, mas a área com cana deve continuar diminuindo”, disse.

A fabricação de açúcar na região deve ficar entre 36 e 38,5 mi de toneladas. O consultor destacou que a produção do alimento e do biocombustível estimada dependerá dos preços do petróleo/gasolina, competividade do etanol em função da tributação sobre combustíveis, e expansão da economia (PIB) no próximo ano.

Nastari ainda afirmou que a produção de etanol de milho deve continuar pressionando o setor de cana na direção de um mix mais açucareiro.

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