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CPI que envolve usina de cana terá nova etapa na Câmara Federal

CPI que envolve usina de cana terá nova etapa na Câmara Federal

canaA Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Fundos de Pensão, criada na Câmara Federal para investigar desvios e esquemas de corrupção em fundos de pensão, que também controlam a usina de cana-de-açúcar Cana Brava, no Rio de Janeiro, ganha nova etapa.

Nesta quinta-feira (14/04), está prevista reunião dos integrantes da CPI para discutir e votar o relatório do deputado Sérgio Souza (PMDB-RP). O encontro está previamente marcado para a partir das 14h30, no plenário 1.

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Segundo parecer apresentado na terça-feira (12), foi pedido o indiciamento de 145 suspeitos de envolvimento em esquemas de corrupção nos fundos da Caixa Econômica Federal (Funcef), dos Correios (Postalis), da Petrobras (Petros) e do Banco do Brasil (Previ).

O texto também encaminha ao Ministério Público 166 pedidos de investigação de pessoas e empresas na esfera civil. A meta é que haja responsabilização por descumprimento da Lei de Improbidade Administrativa, a 8.429/02.

O relatório sugere ainda o compartilhamento de informações, protegidas por sigilo legal entre a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), o Banco Central, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Receita Federal e o Ministério Público, por meio de mudança na legislação sobre o sigilo das operações de instituições financeiras (Lei Complementar 105/01).

Outra alteração proposta nessa lei obriga a comunicação aos beneficiários dos fundos de pensão de todos os “fatos relevantes” associados à gestão dos recursos. Conforme o parecer, caberá à lei definir que fato será classificado como relevante, de acordo com o possível impacto nos planos de benefícios e nos interesses dos servidores.

Prejuízo

A CPI apurou prejuízo de R$ 113,4 bilhões, com a desvalorização de ativos dos quatro fundos de pensão no período de 2011 a 2015. De acordo com o relatório, a rentabilidade do ativo da Previ nesse período ficou abaixo da meta mínima em R$ 68,9 bilhões. Na Petros e na Funcef, o prejuízo para os ativos foi de R$ 22,3 bilhões e R$ 18,1 bilhões, respectivamente. Já no Postalis, a baixa foi de R$ 4,1 bilhões.

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