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Cosan foca em infraestrutura, mas quer detalhes do governo

A Cosan, maior produtora de açúcar e álcool do Brasil, pretende intensificar os investimentos no setor de infraestrutura, onde já tem um projeto bilionário, mas aguarda por mais detalhes do plano de concessões de rodovias e ferrovias do governo federal, disse o presidente da companhia nesta segunda-feira.

“O grupo Cosan está desenhado com foco em energia e infraestrutura… Tem esta frente toda nova de infraestrutura que o governo está realizando e que nós estamos avaliando o que isso pode trazer de investimentos”, disse Marcos Lutz, presidente da Cosan, no intervalo de um evento no interior paulista.

O governo brasileiro lançou no fim de agosto um pacote de concessões de ferrovias e rodovias que prevê investimento total de 133 bilhões de reais ao longo de 25 anos, o maior já feito no país neste setor.

O presidente da Cosan explicou que a empresa está esperando um detalhamento do programa, mas considera que os planos do governo para reforçar a infraestrutura do país estão alinhados com a estratégia da Rumo Logística, que é o braço da sucroalcooleira para transporte.

“Nós queremos investir nesta direção e o governo está buscando investidores privados para isso … A gente acredita que vai ter muito projeto para ser construído”, disse Lutz, ressaltando, no entanto, que a companhia não tem um projeto pronto relacionado ao plano do governo.

Segundo o executivo, os possíveis investimentos serão definidos de acordo com as “oportunidades que surgirem e disponibilidades de caixa para fazer estes investimentos”.

Ferrovia e porto

A Rumo Logística inaugurou nesta segunda-feira a primeira fase de seu terminal multimodal para escoamento de açúcar e grãos, na cidade de Itirapina, a 215 km da capital paulista.

O projeto recebeu um aporte de 200 milhões de reais com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O projeto inaugurado nesta segunda-feira é parte do projeto de 1,4 bilhão de reais, iniciado em 2009/10, que visa a transferir a maior parte do escoamento da produção de açúcar do sistema rodoviário para o ferroviário, com a meta de ganhar produtividade no escoamento da commodity.

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